Ao menos 47 pessoas foram detidas e outras 37 receberam atendimento médico durante protestos realizados na zona leste de São Paulo nesta quinta-feira (12), abertura da Copa do Mundo. Os dados, divulgados na tarde desta sexta-feira (13) foram colhidos das 9h30 até o fim do dia por integrantes do Observadores Legais, grupo formado pelo coletivo Advogados Ativistas, ONG de defensores que atuam nas ruas em defesa dos manifestantes.
Nesta quinta-feira, 40 observadores acompanharam os protestos em São Paulo. De acordo com o balanço do grupo, os 37 manifestantes que precisaram de atendimento médico tiveram "diversos tipos de lesões, como ferimentos por estilhaços de bombas, balas de borracha, asfixia por gás lacrimogênio e mecânica decorrentes de esganadura, bem como de reiterados golpes de cassetetes".
De acordo com o grupo, as detenções nem sempre "eram informadas aos advogados", e também não era "permitido o acompanhamento visual da atuação policial". Além disso, alguns agentes foram flagrados com farda sem tarjeta de identificação funcional ou identificação alfanumérica de 10 dígitos. O grupo verificou também que civis foram atingidos por estilhaços de bombas, balas de borracha, golpes de cassetete e socos.
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Entre os feridos durante os protestos estão joranlistas e advogados no exercício da profissão. Segundo o relatório, uma advogada atingida por bomba de gás lacrimogênio, outro foi "prensado contra viatura policial" e "jogado ao chão" e há, ainda o registro de um defensor que foi "alvejado por bomba de gás lacrimogênio, a qual terminou por prender-se entre sua mochila e o próprio corpo, resultando em asfixia e queimadura".
Em relação aos profissionais de imprensa machucados, o grupo verificou que profissionais de diversas empresas e nacionalidades ficaram feridos durante a cobertura dos protestos, entre eles joranlistas da CNN, Associated Press, TV Aasahi, NPR, FA Press, Sigma Press e SBT.
Em nota, a PM informa que "agiu para impedir que baderneiros fechassem a Radial Leste, o que afetaria o direito de ir e vir de milhares de pessoas, inclusive aquelas que vão assistir a abertura da Copa do Mundo".
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