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"Quem pode dizer o que aconteceu é a mãe", diz advogado de padrasto de Joaquim

Ao lado da mãe da criança, Guilherme Longo está preso por suspeita de participação no crime

São Paulo|Do R7, com Hoje em Dia

Padrasto de Joaquim deve ser ouvido nesta quarta-feira
Padrasto de Joaquim deve ser ouvido nesta quarta-feira

O advogado Antônio Carlos de Oliveira, que representa Guilherme Raymo Longo, de 28 anos, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, de três anos, encontrado morto em um rio no interior de São Paulo, disse nesta quarta-feira (13) que apenas a mãe da criança, Natália Mingoni Ponte, pode dizer o que aconteceu no dia em que o menino desapareceu, já que era a única que estava na casa.

Oliveira garantiu que Longo é inocente e que não "sustenta uma versão", mas sim "diz a verdade" sobre o que aconteceu na madrugada do dia 5 de novembro, quando Joaquim foi dado como desaparecido. Na visão do defensor do padrasto da criança, como apenas a mãe estava na casa, é ela quem deve explicações à polícia.

— O que ele [Longo] diz não é nem versão, é a verdade. De acordo com o primeiro depoimento dele e da sua esposa até aquele momento, toda aquela lógica é a verdade. Ele deixou o menino dormindo, saiu para buscar entorpecentes, mas não conseguiu e voltou para casa. Ele trancou o portão e não trancou a porta, não fez barulho para não acordar a mulher. Ele infelizmente tinha tido recaída no uso de entorpecente. Às 7h eles perceberam que o menino não estava no quarto (...). Apenas a Natália pode dizer o que houve.

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O corpo de Joaquim foi encontrado no último domingo (10), boiando em um rio a pouco mais de 100 km de Ribeirão Preto, cidade onde a família vive. Horas depois, o casal teve a sua prisão temporária decretada pela Justiça. Em um segundo depoimento, a mãe da criança mudou parte de sua versão, declarando que Longo era agressivo e veria em Joaquim "uma parte do pai biológico", Arthur Paes.


O advogado do padrasto refuta as mais recentes alegações de Natália, destacando que todos os depoimentos com familiares dela, de Guilherme Longo e outras testemunhas desmentem que o suspeito tivesse qualquer problema com a criança.

— Quando o menino despareceu várias pessoas foram ouvidas. Em nenhum momento foi dito que o Guilherme era uma pessoa violenta. A partir do momento em que o corpo da criança foi encontrado, as coisas mudaram e surgiram outras declarações. Os próprios pais da Natália disseram que ele [Longo] tratava bem a criança e nunca demonstrou qualquer preconceito por ele não ser seu filho.


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A expectativa é que um novo depoimento — o primeiro desde a sua prisão — aconteça ainda nesta quarta-feira, proporcionando ao padrasto a sua chance de esclarecer "detalhes sobre as declarações feitas pela Natália", conforme adiantou o advogado do padrasto. O defensor esteve com Longo na última terça-feira (12) e ouviu dele que não há nenhum envolvimento do acusado com o crime.

— A todo o momento o meu cliente contesta as provas da polícia. Mas é função dela justamente produzir provas, trazer para o inquérito a autoria do crime. O que temos até agora não demonstra indícios de envolvimento do Guilherme [no crime].

Acidente e tentativa de suicídio

Antônio Carlos de Oliveira confirmou duas situações envolvendo Guilherme Longo. A primeira diz respeito a um acidente de carro, o qual gerou preocupações ao pai biológico da criança, e a segunda que trata de uma tentativa de suicídio do padrasto. De acordo com o advogado, as duas situações ocorreram, sendo que a segunda se deu em razão da recaída no uso de drogas.

— Ele, diante daquele quadro que se instalou, de volta da dependência química e do desejo de consumir o entorpecente, acabou tentando isso. O médico receitou alguns comprimidos (contra a dependência). Ele, para evitar tomar entorpecentes, tomou uma dosagem grande de medicamentos e teve de ser levado ao hospital.

É justamente o medo de recaídas que fez o pai de Guilherme Longo passar de carro em frente da casa do casal, conforme mostram imagens de câmeras de segurança da rua, obtidas pela polícia. O defensor do padrasto assegura que isso não apresenta nenhuma novidade ou indício contra o seu cliente no caso.A

— O pai vê um filho nas condições que ele se encontrava e fica preocupado com ele. Ele sai, desce a rua de carro, passa em frente da casa e vê o carro do filho na garagem, com as luzes apagadas. Ele então faz a manobra e retorna. Esse detalhe não é novo. O mesmo sobre o telefone que ele perdeu. Eles têm outros telefones, vou fornecer os números. Não há nada a esconder.

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