![Volumes dos sistemas Alto Tietê e Guarapiranga também caíram](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/2QIGW523IFIXLD2FEBCH2T2WGA.jpg?auth=02b8fa89b22cb3c84e88664cc68bc0c430e792ba2f7b44cb73187b7e366947c0&width=767&height=507)
O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira voltou a cair e chegou aos 26% nesta quarta-feira (21), segundo informações da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Na medição anterior, feita na terça-feira (20), o volume era de 26,2%.
Os outros mananciais também caíram. O Alto Tietê passou de 32,2% para 31,9% e a represa do Guarapiranga chegou aos 73,2% após operar em 73,4% na última terça-feira.
O governo afirma que uma crise de estiagem tão crítica quanto a que o Estado está enfrentando só acontece a cada 3.378 anos. Mas a professora do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo) Maria Assunção Faus Silva Dias lembra que, em 2001, São Paulo já passou um período de seca preocupante. Segundo ela, já está dado o alerta que importantes investimentos precisarão ser feitos para evitar a escassez de água.
— O planejamento para o futuro tem que levar em conta que em 14 anos nós tivemos dois episódios de seca. Pode ser que não se repitam, mas temos que estar preparados. De acordo com a pesquisadora, a chance do fenômeno El Niño provocar chuvas no Sistema Cantareira não é alta.
— Nós estamos prevendo o El Niño para o segundo semestre, mas ele deverá provocar mais chuvas na região Sul do Brasil.
Para resolver a escassez em curto prazo, o governo apostou no uso do volume morto do Sistema Cantareira e no remanejamento de consumidores para os sistemas Guarapiranga e Alto Tietê.
De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não há previsão de chuvas para a região em que a água está armazenada.
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