O nível de água armazenada no Sistema Cantareira recuou 0,1% nesta quarta-feira (4) e chegou aos 24,5%, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Há exatamente um ano, o volume registrado era de 59%.
As outras represas operadas pela Sabesp também registraram quedas em seus volumes de água. O Sistema Alto Tietê passou de 30,6% para 30,4%, e o Guarapiranga reduziu de 73,8% para 73,5%.
Responsáveis por cerca de 80% da capacidade máxima do Sistema Cantareira, as represas Jaguari-Jacareí, na região de Bragança Paulista, atingiram na terça-feira (3) o limite mínimo de captação de água por gravidade (método que não utiliza nenhum equipamento para puxar água) pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), ou seja, 0% do volume útil armazenado. Isso significa que, a partir de agora, a retirada de água dos dois principais reservatórios do Cantareira só pode ser feita através do bombeamento do "volume morto".
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Segundo estimativa divulgada pela Sabesp na última segunda-feira (2) a reserva do Sistema Cantareira pode acabar em outubro. O cálculo considera uma retirada média de 21,2 mil litros de água por segundo nos próximos meses e uma vazão afluente (água que chega aos reservatórios) equivalente a 50% da mínima histórica no período. Neste cenário, a capacidade atual da represa não dura até o fim de novembro, prazo definido como horizonte do plano emergencial.