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Aumento de imposto do tabaco poderia salvar 11 milhões de vidas, segundo OMS

Além disso, reduziria o número de fumantes em 49 milhões

Saúde|

Neste ano, o Dia Mundial contra o Tabaco se dedica a conscientizar os governos sobre a importância crucial que os impostos têm sobre o consumo de cigarros
Neste ano, o Dia Mundial contra o Tabaco se dedica a conscientizar os governos sobre a importância crucial que os impostos têm sobre o consumo de cigarros Neste ano, o Dia Mundial contra o Tabaco se dedica a conscientizar os governos sobre a importância crucial que os impostos têm sobre o consumo de cigarros

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que um possível aumento de 50% nos impostos sobre o tabaco poderia salvar a vida de 11 milhões de pessoas, além de reduzir o número de fumantes em 49 milhões. Por conta do Dia Mundial contra o Tabaco, data que será celebrado neste sábado (31), a organização revelou que entre esses 49 milhões de fumantes, 38 milhões seriam adultos que abandonariam o hábito de fumar, enquanto os 11 milhões restantes seriam jovens que não voltariam a fumar novamente.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan disse que aumentar os impostos do tabaco é a maneira mais efetiva e menos custosa de reduzir o consumo e salvar vidas.

Ela ainda ressaltou que o consumo de tabaco é considerado a principal causa de morte que pode ser evitada. Anualmente, de acordo com a OMS, seis milhões de pessoas morrem por doenças relacionadas ao tabagismo, das quais 600 mil seriam fumantes passivos.

Neste ano, o Dia Mundial contra o Tabaco se dedica a conscientizar os governos sobre a importância crucial que os impostos têm sobre o consumo de cigarros e, por consequência, sobre a saúde da população. De acordo com o organismo, está provado que o aumento dos impostos faz com que alguns fumantes deixem de fumar: alguns jovens evitam começar a consumir; e os que não deixam, em muitos casos, reduzem o consumo.

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"O aumento de preços é três vezes mais eficaz entre os jovens que entre os adultos", apontou Douglas Bettcher, diretor do departamento de prevenção das doenças não transmissíveis da OMS.

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— Quando os impostos do tabaco sobem, as mortes e as doenças descem. Após deixar de fumar, os benefícios para a saúde dos usuários são quase iminentes: o risco de um ataque de coração se reduz pela metade depois de um ano e, depois de dez, o risco de câncer diminui na mesma proporção.

Segundo um recente estudo do The New England Journal of Medicine, um aumento de 50% no preço do tabaco poderia reduzir seu consumo em 20%, tanto em países em desenvolvimento como em desenvolvidos. Por sua parte, a OMS calcula que um aumento de 10% no preço do tabaco poderia representar uma redução no consumo de 4%, nos países desenvolvidos, e de 5%, nos subdesenvolvidos.

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Além disso, a OMS ressaltou que, se todos os países aumentassem os impostos sobre o tabaco em um 50% por maço, poderiam obter uma receita extra de US$ 101 bilhões. Um dos exemplos mais claros é o do Brasil, onde o preço médio dos cigarros aumentou mais que o dobro de 2006 até 2013 e, por outro lado, onde as vendas passaram de 5.6 bilhões de maços para 3,8 bilhões.

Neste mesmo período, o número de fumantes passou de 21,4 milhões para 17,1 milhões, enquanto as receita foram de R$ 3,5 bilhões para R$ 5,1 bilhões. Diante desta evidência empírica, a OMS advoga que o aumento dos impostos ao tabaco gera mais receita aos governos e, ao mesmo tempo, menos gastos com saúde pública.

A OMS também lembrou que a indústria do tabaco "inventa mitos" para tentar frear o aumento dos impostos porque sabe que tal pratica tem um efeito muito negativo a suas contas.

Neste sentido, os pesquisadores da OMS asseguram que o aumento de impostos não se relaciona com o aumento do contrabando, não diminui a receita, tendo em vista que a queda nas vendas é menor que o obtido pelo aumento do preço, e nem reduz a atividade econômica, já que o gasto prévio em tabaco pode ser investido em outro âmbito da economia.

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