Pouco mais de 20 milhões de pessoas já tiveram dengue alguma vez na vida no Brasil, ou seja, 10,4% da população já recebeu o diagnóstico da doença. Os dados são da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) 2013 — Acesso e utilização dos serviços de saúde, acidentes e violências, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (2). Para o levantamento, foram selecionados 81.767 domicílios no País.
O Norte lidera a lista das regiões com maior número de casos de dengue diagnosticados, com 16,1%, seguido do Centro-Oeste, com 14,9%. O Sul registrou o menor número de casos com apenas 1%.
As proporções de pessoas que refeririam já ter tido dengue foram superiores à média nacional para mulheres, com 14,3%; pessoas de 40 a 59 anos, com 17,4%; e pessoas de cor preta e parda, 14,8% em ambos os casos. Já a menor proporção foi constatada entre pessoas de 0 a 17 anos, com 5,9%.
Casos de dengue continuaram crescendo, diz ministro
Em relação ao combate de doenças endêmicas, como a dengue, de acordo com a PNS 2013, apenas 34,8 milhões de domicílios (53,4%) estavam cadastrados em Unidade de Saúde da Família). Dentre os domicílios cadastrados há um ano ou mais, foi verificado que 47,3% receberam visita mensal de agente comunitário de saúde ou membro da Equipe de Saúde da Família, o equivalente a 14,2 milhões de unidades domiciliares.
A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Sua disseminação é comum em países tropicais, como o Brasil, onde o meio ambiente favorece o desenvolvimento do mosquito transmissor do vírus. Por se espalhar rapidamente, a dengue é considerada um importante problema de saúde pública no Brasil.
A PNS foi feita em convênio com o Ministério da Saúde e se beneficiou da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua).
Brasil vive epidemia de dengue
Em 2015, foram registrados 845,9 mil casos de dengue até dia 9 de maio, segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. Na comparação com 2014, o número de casos de dengue representa um aumento de 155,5%.
Apesar dos números alarmantes, de março para abril, houve uma redução de 27% dos casos da doença. No mês de março, foram registrados 337,7 mil casos, período considerado como o pico da transmissão. Já em abril a doença recuou para 246,6 mil notificações. A tendência é continuar a redução da transmissão com a chegada do inverno.