A OMS (Organização Mundial de Saúde) decidiu incentivar o tratamento de pacientes vítimas de ebola em suas próprias comunidades, especialmente na Libéria, onde se constatou que as estratégias convencionais para deter a epidemia estão fracassando. Segundo a diretora da área de Doenças Epidêmicas e Pandêmicas da OMS, Sylvie Briand, "vamos reforçar a estratégia de ajudar às comunidades para que se ocupem de forma segura dos pacientes". — Estamos trabalhando para oferecer atendimento médico em nível comunitário e que mais pacientes sejam atendidos adequadamente, ao mesmo tempo em que protegemos as famílias do contágio. A Libéria concentra praticamente metade dos 4.269 infectados e 2.288 mortos pelo ebola desde o início da epidemia que assola o leste da África. A diretora da OMS explicou que, na primeira etapa do surto de ebola, "algumas estratégias pareciam muito coerentes do ponto de vista técnico, mas não consideravam os sentimentos nem a percepção das comunidades".Quarto americano com ebola é envido aos Estados Unidos Uma das medidas consideradas como contraproducentes foi a de estabelecer áreas de quarentena — em algumas ocasiões com custódia militar — e a de transferir doentes a centros de isolamento afastados de suas residências, anulando seu contato com os familiares.Ebola: União Africana define estratégia para conter propagação Sylvie assinalou que a OMS mudou de estratégia e que agora tentará oferecer às pessoas lugares seguros onde "possam receber atendimento e possam se manter isolados para evitar o contágio, mas sem cortar completamente a relação com os parentes".