Diário da Campus #1: astros do rock, casal faturando R$ 10 mil e palhaço querendo sangue
As impressões de um segundo dia bastante agitado na maior feira de tecnologia do Brasil
Tecnologia e Ciência|Tiago Alcantara, do R7
A Campus Party Brasil está na sua sétima edição em São Paulo e é minha quarta vez como repórter entre os campuseiros. Mesmo com uma leve sensação de “ah, já conheço/já vi/já sei”, o evento continua me surpreendendo.
Nesta terça-feira (28), o evento levou uma multidão de campuseiros ao seu palco principal. Não era para menos: todo mundo pronto para ouvir o que Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, tinha a falar. Depois de ouvir Wozniak da Apple e Bushnell da Atari em edições anteriores não vou negar, minha primeira impressão foi: é “ué, mas será que o cara manja de tecnologia e negócios?”.
Esperei ansioso até a coletiva de imprensa – reservada para jornalistas – que aconteceu pouco antes da sua palestra. Afinal, como comentou um amigo jornalista, não é sempre que você (pobre jornalista fã de rock) fala com uma lenda do heavy metal. Ainda mais se o cara for piloto, roteirista, investidor anjo, diretor de marketing, empreendedor e... Vocalista do Iron (Oh, meu Deus!) Maiden.
De cara, Bruce mandou o recado: ser um baita astro do rock aguça a curiosidade de chefões de outras empresas (na maioria seus fãs) para o que ele tem a dizer. E ele manda muito bem, como você pode conferir aqui.
Bom, depois de iniciar a palestra com Aces High como trilha sonora, o cara podia até ser mudo...
Casal comerciante: como se não bastasse uma dose dupla do sr. Dickinson, também pude conhecer uma lojinha bastante interessante dentro da Campus Party. Canecas, chaveiros e camisetas bem maneiras para os fãs de cultura geek, nerd e coisa do tipo. Era o espaço do Eucompraria.com.br.
Conversando com um dos sócios da lojinha, Guilherme Serrano, ele me conta que é a quarta vez que ele e sua namorada/sócia Bianca Brancaleone vão para a Campus, sempre acampando. O casal espera vender mais de R$ 10 mil – marca alcançada na edição de 2013. Então, se você quiser um souvenir da campus que não seja necessariamente com um “logão azul” da feira. #ficadica
Gritaria de milhares de dólares: Ok, confesso que peço ajuda para amigos para entender minimamente o que acontece em League of Legends, mas, pela empolgação do público que assiste às partidas do Intel Extreme Masters, devo concluir que o game é tipo um "futebol de nerd". Não é para menos, os confrontos valem vaga na final da Polônia e um prêmio de "apenas" US$ 50 mil.
A equação na minha cabeça foi mais ou menos assim: LoL + $$$$ = \o/\o/\o/\o/
Palhaço sanguinário: o dia não podia acabar sem que houvesse uma abordagem bastante peculiar na sala de imprensa da Campus: o clown Sujiro nos pedindo para divulgar o trabalho da Pró-Sangue, banco de sangue de São Paulo. Confesso que o palhaço mandou bem na hora de falar sério:
— Sem demagogia, para cada bolsa de sangue pode ser compartilhada por até três pessoas. Então, a sua doação de sangue pode MESMO salva três vidas.
Se você não quiser ou tiver medo de doar sangue, não tem problema algum. Mas, em compensação, você pode curtir a página da Pró-Sangue no “feice” clicando bem aqui.
Ah, já ia esquecendo: A Campus Party continua com algumas filas bastante extensas, mas dá para perceber uma preocupação bem maior em deixar tudo mais ágil e eficiente – seguranças até parecem mais bem treinados do que em edições anteriores. Será que essa maravilha dura a semana inteira?