620 mil cabeças, 2 leitões por minuto: a eficiente produção de suínos em Uberlândia (MG)
O ‘Record News Rural’ visitou uma das fazendas da cidade que é destaque nacional na suinocultura
Agronegócios|Do R7
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Uberlândia, em Minas Gerais, é a segunda maior produtora de um dos principais setores da agropecuária brasileira, a suinocultura. Para se ter uma ideia, o município possui um volume de 620 mil cabeças e, a cada minuto, dois leitões nascem na cidade. É provável que quatro já tenham nascido até você ter acabado de ver essa reportagem. A repórter Maria Clara Barros, do programa Record News Rural, visitou uma das fazendas em Uberlândia para entender melhor quais são os métodos empregados para manter esse status de produtividade e qualidade.
Logo na entrada as ordens ficam claras: nada de brincos, maquiagem ou esmalte, tudo para evitar a contaminação cruzada entre os animais. Depois, Maria precisa passar por um processo de limpeza minucioso e depois vestir uma roupa específica. Ela calça botas da fazenda e, antes mesmo de colocar os pés dentro da granja, é necessário passá-los em uma travessa de cal para não levar nenhum tipo de contaminação.

Dentro do chiqueiro há seções destinadas para a recria e engorda dos animais. Os porcos ficam em baias que seguem criteriosamente os protocolos de bem-estar e meio ambiente. Há um limite para a acomodação, para evitar que eles se machuquem. O alimento ingerido pelos porcos é feito à base de milho, sorgo e farelo de soja e é distribuído em altas quantidades com fácil acesso, assim como a água. Correntes presas no teto são colocadas com o objetivo de estimular a interação dos animais e evitar o estresse.
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Monitores e profissionais acompanham toda a produção, dando suporte e orientações para que o padrão de qualidade seja mantido. Edilson Dias Caldas é gerente de agropecuária e explicou que há uma parceria entre a agroindústria e os produtores rurais, onde aqueles fornecem a ração e estes produzem os animais, que em consequência abastecem os insumos. Caldas afirma que quem é responsável pela parte do manejo e mão de obra é o produtor e que em Uberlândia existe uma cadeia completa que vai desde a produção de grãos até o abate, quando os suínos atingem um peso aproximado de 134 kg.
A suinocultura mineira movimenta 3,78 milhões de cabeças e gera 594 mil toneladas de carne. O setor gera R$ 6,8 bilhões por ano e emprega 200 mil pessoas. Só nessa indústria em Uberlândia são 7 mil empregos gerados. O presidente da Aproimg (Associação dos Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas Gerais), Lucas Moreira Vasconcelos, se orgulha dos resultados: “Cumprimos uma legislação muito rigorosa, com várias certificações, para entregar a melhor qualidade de carne suína do mundo hoje”.
Toda essa produção pode também ser um exemplo de sustentabilidade, como prova Robson, que há três anos fundou uma empresa no ramo e conta com procedimentos ambientais para evitar impactos ao meio ambiente. Um biodigestor coleta e trata os resíduos, transformando-os em energia e biofertilizantes. Todos os dejetos produzidos durante a atividade são direcionados para lagoas, onde é feita a captação do gás que é redirecionado para geradores de energia. Só essa empresa, que tem 26 unidades no Brasil, abastece 20 países, entre ele Singapura e Hong Kong. Com tecnologia, eficiência e presença no exterior, o mercado se consolida como um pilar do agronegócio nacional.
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