Maia ataca Moro: 'funcionário de Bolsonaro' e 'copia e cola' de projeto
Presidente da Câmara reage à cobrança do ministro da Justiça, que tenta colocar em tramitação projeto em meio à Previdência
Brasil|Do R7
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de desrespeitar um acordo feito com o presidente Jair Bolsonaro. Cobrado publicamente pelo ministro a colocar em discussão o pacote anticrime apresentado no mês passado, Maia o desautorizou. Também o acusou de "copiar" outro projeto que já tramita na Casa.
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"Moro está desrespeitando acordo meu com o governo. Nosso acordo é priorizar a reforma da Previdência. Espero que ele entenda que hoje ele é ministro de Estado. Ele está abaixo do presidente. Eu já disse a ele que esse projeto vai ser posterior à Previdência" afirmou Maia nesta quarta-feira (20).
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Mais cedo, Moro participou do lançamento da Frente Parlamentar da Segurança, a bancada da bala, e disse que conversaria com o presidente da Câmara para que reavaliasse a decisão de criar um grupo para discutir a sua proposta por 90 dias antes de enviá-lo a uma comissão da Casa. A medida foi vista como uma forma de "travar" a tramitação do projeto. "Vou conversar respeitosamente com o presidente da Casa (Rodrigo Maia, DEM-RJ)", disse Moro.
"Funcionário do presidente Bolsonaro?", reagiu Maia ao ser questionado se havia conversado com Moro sobre o tema. "Conversa com o presidente Bolsonaro e se o presidente Bolsonaro quiser, conversa comigo. Eu fiz aquilo que acho correto. O projeto é importante. Aliás, ele está copiando projeto do ministro Alexandre de Morais, copia e cola. Então tem poucas novidades no projeto dele", disse Maia, em referência a uma outra proposta discutida no ano passado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Questionado se estava irritado com a declaração, Maia afirmou que o ministro conhece "pouco a política". "Não estou irritado, mas acho que ele conhece pouco a política", afirmou. "Ele está confundido as bolas. Ele não é presidente da República. Não foi eleito para isso. Tá ficando uma situação ruim para ele", afirmou.