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Segovia encontra Barroso para esclarecer entrevista sobre Temer

Ministro intimou diretor-geral da PF após entrevista sobre arquivamento do inquérito contra o presidente. A reunião será na segunda-feira (19)

Brasil|Paulo Lima e Thais Skodowski, do R7

Segovia nega que tenha dito que iria arquivar o inquérito
Segovia nega que tenha dito que iria arquivar o inquérito Segovia nega que tenha dito que iria arquivar o inquérito

O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia se encontra nesta segunda-feira (19) com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso para esclarecer alguns pontos da entrevista exclusiva que deu à Reuters, em que disse que a tendência é que as investigações contra o presidente Michel Temer sobre o Decreto dos Portos sejam arquivadas.

Na semana passada, a agência de notícias reeditou a matéria. O texto original, publicado na noite de sexta-feira (9), dizia que Segovia tinha afirmado que a tendência era de arquivamento pela PF da investigação envolvendo o presidente Michel Temer sobre o Decreto dos Portos.

Na alteração do conteúdo, no domingo (11), a Reuters trocou o verbo "afirmar" por "indicar" ao qualificar as declarações de Segovia.

A matéria teve grande repercussão e levou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, a intimar Segovia, na manhã de sábado (10), para prestar esclarecimentos.

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— Tendo em vista que tal conduta, se confirmada, é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal, determino a intimação do Senhor Diretor da Polícia Federal, delegado Fernando Segovia, para que confirme as declarações que foram publicadas, preste os esclarecimentos que lhe pareçam próprios e se abstenha de novas manifestações a respeito, diz o despacho de Barroso.

Também no sábado (10), entidades de classe se manifestaram, por meio de nota à imprensa, sobre as declarações de Segovia. A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) disse que nenhum dirigente deve se manifestar sobre investigações em andamento.

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Já a APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais) afirmou que é "sempre temerário que a direção-geral emita opiniões pessoais sobre investigações nas quais não está diretamente envolvida". Já o presidente da OAB Nacional, Claudio Lamachia, afirmou não ser "apropriado" que o diretor-geral da PF "dê opiniões a respeito de investigações em curso".

Em nota, Segovia negou ter dito que iria arquivar o inquérito.

— Afirmo que em momento algum disse à imprensa que o inquérito será arquivado. Afirmei inclusive que o inquérito é conduzido pela equipe de policiais do GInqE com toda autonomia e isenção, sem interferência da Direção Geral, afirmou o diretor-geral da PF, por meio de nota, informando que só irá responder aos questionamentos do ministro Barroso, do STF, na quarta-feira, (14).

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