A Biden, Lula diz que Brasil tem trabalhado em prol da pacificação política da Venezuela
Petista defendeu a publicação das atas e recebeu apoio do norte-americano; governo brasileiro ainda não reconheceu reeleição de Maduro
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que o Brasil tem trabalhado para a retomada da normalidade no cenário político da Venezuela. Os dois líderes conversaram por telefone na tarde desta terça-feira (30), por cerca de 30 minutos. O petista também defendeu a publicação dos dados das urnas, afirmação que recebeu o apoio do norte-americano. O governo brasileiro ainda não reconheceu oficialmente a reeleição de Nicolás Maduro.
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Segundo o Palácio do Planalto, Lula afirmou a Biden que acompanha “permanentemente” o processo eleitoral venezuelano por meio de seu assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, que foi à Venezuela acompanhar as eleições.
O presidente brasileiro informou ao titular da Casa Branca que Amorim se reuniu com Maduro e com o candidato da oposição, Edmundo González, que contesta os resultados proclamados pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), com acusações de fraude. Países como Estados Unidos, Argentina e Chile também não reconheceram a vitória de Maduro.
Lula defendeu, ainda, que a normalização do processo político na Venezuela terá efeitos positivos para toda a América Latina.
Biden agradece Lula por liderança
De acordo com a Casa Branca, Biden agradeceu Lula pela liderança na região e os dois presidentes reafirmaram a necessidade da publicação das atas das eleições. “Os dois líderes partilharam a perspectiva de que o resultado das eleições venezuelanas representa um momento crítico para a democracia no hemisfério e comprometeram-se a permanecer em estreita coordenação sobre a questão”, escreveu, em comunicado, o governo dos EUA.
Segundo o texto, os presidentes também se comprometeram a aprofundar a cooperação entre os dois países na aceleração da transição para as energias limpas e a continuar a promover a Parceria para os Direitos dos Trabalhadores, lançada em conjunto à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas do ano passado para capacitar os trabalhadores.