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R7 Brasília

‘Abaixar os juros é uma briga nossa eterna’, afirma Lula

Presidente avaliou, em evento realizado nesta quarta-feira, em Brasília, que o que falta no país é a circulação de dinheiro

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Lula diz que é uma briga eterna a redução da taxa de juros no país Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quarta-feira (14), que é uma “briga nossa eterna” a tentativa de reduzir a taxa de juros no país. Atualmente, o índice, chamado de Selic, está em 10,50% ao ano, enquanto a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 4,5%.

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“O povo brasileiro tem uma vantagem que é o seguinte: ele não se importa... mas veja, abaixar os juros é uma briga nossa eterna nesse país, é uma briga eterna. Mas mesmo se os juros forem zero, se ele não tiver dinheiro para consumir, ele não vai consumir. O que é importante é a circulação de dinheiro”, afirmou.

“O que falta no Brasil é circulação de dinheiro. O dinheiro não pode ficar parado no bolso de alguém ou na conta de alguém. O dinheiro tem que circular. Então tem que colocar uma frase ali: muito dinheiro na mão de poucos significa empobrecimento, agora pouco dinheiro na mão de muitos, significa exatamente o contrário”, acrescentou.

As declarações foram dadas por Lula durante evento, realizado na CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília. O presidente é crítico ao índice e chegou a afirmar que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, responsável pela taxa de juros, tem lado político e que trabalha para prejudicar o país.


Na terça-feira (13), Campos Neto declarou que a taxa de juros no Brasil não pode ser considerada “exorbitante”. A afirmação foi feita durante uma audiência pública com as comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Segundo o presidente do Banco Central, os números estão abaixo da média de outros países.

Gastos

Na agenda, Lula reconheceu que há divergência em seu governo em relação aos gastos. ”Mesmo agora no governo, quando a gente senta para discutir, você tem o pessoal preocupado que a gente não consiga gastar o dinheiro que precisa e as pessoas que sabem que precisa gastar. “Os que não querem, também sabem que precisa gastar, mas têm responsabilidade em dizer para a sociedade que nós não temos tudo isso”, pontuou o presidente. Lula, então, disse “provocar” os ministros com a seguinte pergunta: “Quanto custa fazer tal coisa? Vamos nos perguntar quanto custa não fazer?”, destacou.

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