Acusados de planejar atentado a bomba em aeroporto de Brasília são condenados em 2ª instância
Justiça do DF publicou acórdão com as condenações nesta terça-feira; o tempo de reclusão chega a pouco mais de 14 anos
Brasília|Laísa Lopes, do R7, em Brasília
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou, em segunda instância, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues por planejar um atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília em 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal. O acórdão com as condenações foi publicado nesta terça-feira (3). Na época, a dupla tentou explodir uma bomba no eixo traseiro de um caminhão de combustível abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação.
Os dois vão cumprir pena em regime fechado. George Washington vai cumprir nove anos e oito meses de reclusão, além de 55 dias-multa, e Alan Diego terá a pena de cinco anos de reclusão e 17 dias-multa. George Washington perdeu também as armas de colecionador e deverá entregá-las à Justiça. Ele possuía registro como atirador desportivo e caçador (CAC).
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O R7 tentou contato com a defesa dos dois condenados, mas não obteve retorno.
Relembre o caso
Nas primeiras horas de 24 de dezembro de 2022, as forças de segurança do Distrito Federal foram acionadas, por meio de uma denúncia anônima, após câmeras do Aeroporto Internacional de Brasília flagrarem o momento em que um homem coloca uma caixa em um caminhão-tanque e deixa o local em seguida.
A via principal de acesso ao aeroporto foi bloqueada, em uma operação conjunta do Corpo de Bombeiros do DF, das Polícias Militar e Civil da capital do país e da Polícia Federal com agentes do esquadrão antibombas. As autoridades fizeram uma explosão controlada para desativar o explosivo.
Em depoimento à polícia, George Washington de Oliveira Sousa, que foi preso no mesmo dia, disse que a intenção era chamar a atenção para o acampamento montado no Setor Militar Urbano, em Brasília, e para o movimento que contestava o resultado das eleições.
Em 17 de janeiro, Alan Diego dos Santos se apresentou em uma delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá.
Em abril, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu à Justiça a condenação dos dois homens. Posteriormente, os dois foram convocados para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso Nacional.