Agressão
ReproduçãoO jovem de 14 anos, agredido pelo vizinho no Núcleo Bandeirante, relatou, em entrevista à Record TV, que já vinha sendo ameaçado pelo homem em outras ocasiões.
O adolescente tem o hábito de assobiar para a mãe abrir o portão de casa. Ele explicou que não tem a cópia da chave, e, por isso, fazia o barulho. O agressor, que mora em frente, afirmou que o som o incomodava.
De acordo com o menino, o homem teria dito: "Você assobiou? Vou te bater". O jovem respondeu que apenas os pais teriam autoridade para repreendê-lo. "Vamos ver", teria dito o algoz. Em outro momento, perguntou ao jovem em tom de ameaça: "Você assobiou?".
A mãe do rapaz, Vera, contou que o pai do agressor procurou a família para se desculpar. "Quero que ele pague pelo o que ele fez na Justiça", disse ela. "O assobio dele não incomoda ninguém. Ele faz uma vez e eu escuto", assegurou a mulher. Ela diz que ainda tem medo de mais violência. "Nunca me procurou, nunca falou comigo, não conhecia ele direito. Fiquei sem entender. Não vejo meu filho fazer escândalo na rua."
A vítima lembrou os minutos em que foi espancado. Por volta das 16h, ele foi acompanhado de mais 8 amigos à quadra de esportes, perto do local onde mora, no Núcleo Bandeirante, para jogar bola. Cerca de meia hora depois que os meninos estavam no lugar, o agressor teria chegado.
"Ele chegou, tirou a máscara, pulou (a grade) e foi me cercando", lembra o jovem. Segundo ele, toda a ação, que foi filmada, durou cerca de 4 minutos. Quando o homem entrou na quadra, o garoto indagou: "'Você vai me bater?'. Foi então que começou a me agredir".
Com um soco, o menino foi ao chão, e o agressor continuou a espancá-lo com chutes na altura da cabeça e membros superiores. "Já fiz artes marciais, fiquei lembrando do meu professor dizendo para proteger o rosto e a cabeça", frisou o rapaz.
Enquanto era agredido, ele pedia por ajuda, mas os amigos tiveram receio de se aproximar. "Injustiça, foi covarde", disse o menino. Um deles gravou a cena que circulou nas redes sociais. Quando as agressores cessaram, o menino só tinha uma preocupação: "Será que ele acertou algum lugar vital?".
Ele já passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) para constatar as agressões. O homem, que já foi identificado, deve se apresentar à Polícia Civil para prestar depoimento.