Advogado de Bolsonaro diz que acusação da PGR é ‘frágil’ e que absolvição é único caminho
Paulo Amador Cunha Bueno afirmou que não considera a possibilidade de condenação do ex-presidente
Brasília|Do R7, em Brasília
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O advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento em curso no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, afirmou nesta terça-feira (2) que a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) é “frágil” e que não trabalha com a hipótese de condenação do ex-presidente. Além de Bolsonaro, outros sete réus respondem no mesmo processo.
“O processo, a seguir o raciocínio jurídico que a gente espera, só pode conduzir a uma absolvição”, declarou Bueno. Ele enfatizou ainda que a denúncia apresentada pela PGR não tem sustentação. “Os elementos de prova são muito carentes, e a acusação é muito frágil. Acreditamos que, seguindo uma linha estritamente jurídica, essa denúncia é fadada à improcedência”, disse.
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O advogado fez as declarações à imprensa. Questionado sobre a possibilidade de discutir eventuais questões de saúde de Bolsonaro na estratégia de defesa, ele respondeu que o foco seguirá nos argumentos técnicos. “Isso não está no radar por enquanto. Por enquanto, a gente vai estar focando simplesmente na defesa, nas questões de mérito, nas questões processuais”, explicou.
Nesta quarta-feira (3), a defesa de Bolsonaro vai ter a chance de se defender pela última vez no processo. Segundo Bueno, contudo, o ex-presidente não deve comparecer à sessão devido ao estado de saúde dele.
“Ele tem uma saúde debilitada que é extenuante, é bastante exaustiva a sessão aqui. Vocês estão aqui o dia inteiro e estão vendo. A saúde dele hoje não permite”, afirmou. “Ele está debilitado. Isso é público e notório. Consequência ainda da facada [sofrida em 2018]. Ele tem uma saúde debilitada”, acrescentou o advogado.
Bueno também criticou as medidas cautelares impostas ao ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar. “Eu acho que ele nunca deveria ter sido custodiado em custódia domiciliar. Isso não deveria ter acontecido”, disse.
O advogado destacou ainda que Bolsonaro sempre cumpriu as determinações judiciais. “Ele sempre seguiu as cautelares e sempre compareceu a todos os atos do processo, inclusive aqueles que não era obrigado. Eu lembro que ele veio aqui no dia do recebimento da denúncia, o que não era obrigatório”, ressaltou.
Sobre os próximos passos da defesa, Bueno afirmou que ainda avalia estratégias, mas reforçou que a prioridade imediata é a sustentação oral no STF. “Amanhã [quarta-feira, 3], a gente tem a sustentação oral. Amanhã eu volto a falar”, concluiu.
Perguntas e Respostas
Quem é o advogado de Jair Bolsonaro e qual é a sua posição sobre as acusações?
O advogado Paulo Amador Cunha Bueno defende o ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento no STF por tentativa de golpe de Estado. Ele afirmou que a acusação da PGR é "frágil" e que não considera a possibilidade de condenação.
Qual é a opinião do advogado sobre a denúncia da PGR?
Bueno declarou que a denúncia não tem sustentação e que os elementos de prova são carentes. Ele acredita que, seguindo uma linha jurídica, a denúncia é fadada à improcedência.
O advogado irá discutir questões de saúde de Bolsonaro na defesa?
Não, segundo Bueno, o foco da defesa será nos argumentos técnicos e nas questões processuais, e não nas questões de saúde do ex-presidente.
Bolsonaro comparecerá à sessão de defesa?
Não, o advogado informou que o ex-presidente não deve comparecer à sessão devido ao seu estado de saúde debilitado, que é extenuante e não permite sua presença.
Qual é a condição de saúde de Jair Bolsonaro?
O advogado afirmou que Bolsonaro está debilitado, o que é público e notório, e que essa condição é consequência da facada sofrida em 2018.
O que o advogado pensa sobre as medidas cautelares impostas a Bolsonaro?
Bueno criticou as medidas cautelares, afirmando que o ex-presidente nunca deveria ter sido colocado em prisão domiciliar.
Como Bolsonaro tem cumprido as determinações judiciais?
Segundo o advogado, Bolsonaro sempre seguiu as determinações judiciais e compareceu a todos os atos do processo, mesmo aqueles que não era obrigado a participar.
Quais são os próximos passos da defesa de Bolsonaro?
Bueno mencionou que a defesa está avaliando estratégias, mas a prioridade imediata é a sustentação oral no STF, que ocorrerá na quarta-feira, 3.
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