Advogado diz que Mauro Cid pediu para deixar Exército: ‘Não tem mais condições psicológicas’
Declaração foi dada pelo advogado Jair Alves Pereira durante julgamento no STF por tentativa de golpe
Brasília|Do R7, em Brasília
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Durante o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) da ação penal por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, um dos advogados do tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o militar pediu para deixar o Exército por não ter mais condições psicológicas de seguir na carreira.
O advogado Jair Alves Pereira fez a declaração ao defender que a colaboração de Cid foi decisiva para a instrução da ação penal e que ele deveria ter uma pena diferente caso seja condenado.
“Se ela [colaboração premiada] dá sustentação e dá dinâmica dos fatos — e dá —, por que ele não teria os benefícios que ele ajustou? Não seria justo que o Estado, agora, depois de fazer tudo isso, depois de ele estar com cautelares diversas da prisão por mais de 2 anos, afastado de suas funções — inclusive, agora, pediu baixa do Exército porque não tem mais condições psicológicas de continuar como militar —, que agora, chegando no final, o Estado diga assim: ‘Não, realmente tu me ajudou, tá tudo certo, mas eu vou te condenar’”, disse Pereira.
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Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, firmou um acordo de colaboração premiada ao longo das investigações. As declarações dele embasaram grande parte do inquérito que levou à denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Além dele, sete pessoas respondem no processo, entre elas o ex-presidente Bolsonaro.
Pereira ressaltou que “não há como dizer que a colaboração premiada não tem sustentação”.
“Isso é impossível. Se dissermos que ela não tem sustentação, a ação penal também não tem, porque ela instrui, ela ajuda. Ela não é prova, mas é meio de obtenção de prova. E contribuiu indiscutivelmente para a ação penal”, declarou.
O advogado argumentou ainda que os benefícios acordados por Cid devem ser mantidos, já que as informações prestadas foram confirmadas em pontos considerados “de extrema relevância” durante a investigação.
Perguntas e Respostas
Por que Mauro Cid pediu para deixar o Exército?
Mauro Cid pediu para deixar o Exército devido a não ter mais condições psicológicas de continuar na carreira, conforme afirmou seu advogado durante o julgamento no STF.
Qual foi a posição do advogado Jair Alves Pereira sobre a colaboração de Cid?
O advogado Jair Alves Pereira defendeu que a colaboração de Cid foi decisiva para a instrução da ação penal e argumentou que, caso Cid seja condenado, ele deveria receber uma pena diferente devido à sua colaboração.
O que o advogado disse sobre a justiça em relação à colaboração premiada?
Pereira destacou que seria injusto que o Estado condenasse Cid após ele ter colaborado e ter estado afastado de suas funções por mais de dois anos, além de ter pedido baixa do Exército por questões psicológicas.
Qual foi o papel de Mauro Cid nas investigações?
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, firmou um acordo de colaboração premiada que embasou grande parte do inquérito que levou à denúncia apresentada pela PGR. Sete pessoas, incluindo o ex-presidente, respondem no processo.
O que o advogado afirmou sobre a sustentação da colaboração premiada?
Pereira afirmou que não há como dizer que a colaboração premiada não tem sustentação, pois ela instrui e ajuda na ação penal, contribuindo indiscutivelmente para o processo.
Quais benefícios o advogado argumentou que devem ser mantidos para Cid?
O advogado argumentou que os benefícios acordados por Cid devem ser mantidos, pois as informações que ele prestou foram confirmadas em pontos considerados de extrema relevância durante a investigação.
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