Ala governista vê indiciamento como gatilho para cassação de Eduardo Bolsonaro
PF pediu o indiciamento do deputado e do ex-presidente Bolsonaro
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Parlamentares da ala governista consideram que o indiciamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve impulsionar o processo de cassação do parlamentar no Conselho de Ética da Casa.
Na quarta-feira (20), a Polícia Federal decidiu indiciar Eduardo e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por tentar interferir na ação penal da qual o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado.
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“O do Eduardo Bolsonaro é evidente que, agora indiciado, o crime é grave, então, ele [Motta] deve apressar. O que estava muito em voga seria que iriam contar as faltas dele, mas não há nem necessidade de contar as faltas, ele disse que não volta”, explicou ao R7 o deputado federal Rogério Correia (PT-MG).
Sob reserva, outros parlamentares também consideram que o indiciamento acentua o processo na Casa.
Em 15 de agosto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou quatro pedidos de cassação contra Eduardo ao Conselho. São três denúncias apresentadas pelo PT e uma pelo PSOL.
Todos os pedidos afirmam que Eduardo violou normas de conduta indicadas para um deputado por atuações nos Estados Unidos que possam ter contribuído com a taxação de 50% a produtos brasileiros.
Desde o início de março, Eduardo tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos motivos para a decisão do presidente americano, Donald Trump, de taxar produtos brasileiros.
Além disso, ele diz ser o responsável pelos EUA incluírem o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes como alvo da Lei Magnitsky, que é uma sanção econômica aplicada, em geral, a corruptos e violadores dos direitos humanos.
O deputado chegou a se licenciar do mandato entre março e julho para ficar nos EUA, mas a licença já expirou e, até o momento, ele não indica a pretensão de retornar ao Brasil. Publicamente, Eduardo e aliados defendem que a Câmara autorize, de alguma forma, que ele continue exercendo o mandato dos EUA — o que não deve acontecer.
Perguntas e respostas:
Qual é a posição da ala governista em relação ao indiciamento de Eduardo Bolsonaro?
Parlamentares da ala governista acreditam que o indiciamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode acelerar o processo de cassação do parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.
Por que a Polícia Federal indiciou Eduardo e Jair Bolsonaro?
A Polícia Federal indiciou Eduardo e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por tentativas de interferir em uma ação penal na qual o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado.
O que disse o deputado Rogério Correia sobre o indiciamento?
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou que, com o indiciamento, o crime é considerado grave e que o presidente da Câmara, Hugo Motta, deve acelerar o processo. Ele mencionou que não é necessário contar as faltas de Eduardo, pois ele já declarou que não retornará.
Quais são os pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro?
Em 15 de agosto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou quatro pedidos de cassação contra Eduardo ao Conselho de Ética. Três dessas denúncias foram apresentadas pelo PT e uma pelo PSOL, todas alegando que Eduardo violou normas de conduta ao atuar nos Estados Unidos, o que pode ter contribuído para a taxação de produtos brasileiros.
Qual é a relação de Eduardo Bolsonaro com o governo americano?
Desde março, Eduardo tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos motivos para a decisão do presidente Donald Trump de taxar produtos brasileiros. Ele também afirma ser responsável por incluir o ministro do STF, Alexandre de Moraes, como alvo da Lei Magnitsky, que impõe sanções econômicas a corruptos e violadores dos direitos humanos.
Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato. Qual é a situação atual?
Eduardo se licenciou do mandato entre março e julho para ficar nos Estados Unidos, mas sua licença já expirou. Até o momento, ele não demonstrou intenção de retornar ao Brasil e, publicamente, ele e seus aliados defendem que a Câmara permita que ele continue exercendo seu mandato a partir dos EUA, o que é improvável de acontecer.
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