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Alckmin afirma que Brasil dialoga com canais institucionais nos EUA e ‘em reserva’

Vice-presidente comanda conversas com norte-americanos; tarifa imposta por Trump começa a valer na próxima sexta-feira

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil dialoga com os EUA utilizando canais tanto oficiais quanto reservados sobre a nova tarifa de 50% implementada por Donald Trump.
  • Um plano de contingência está sendo elaborado para responder à tarifa, com o comitê interministerial chefiado por Alckmin discutindo a questão com empresários afetados.
  • O presidente Lula pediu a Trump que reflita sobre a importância do Brasil no comércio e busque resolver as divergências de forma dialogada.
  • A China manifestou disposição para cooperar com o Brasil e outros países em defesa de um comércio justo, criticando as guerras tarifárias e ressaltando que não há vencedores nessas situações.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Presidente Lula determinou a criação de um grupo de trabalho, comandado por Alckmin Ricardo Stuckert/PR - 25.07.2025

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a declarar nesta segunda-feira (28) que o Brasil usa, além dos meios oficiais, canais “reservados” para dialogar com os Estados Unidos sobre a taxa imposta pelo presidente Donald Trump.

Segundo anúncio do republicano, feito em 9 de julho, a partir da próxima sexta-feira (1º), todos os produtos brasileiros comprados pelos EUA serão tarifados em 50%.


Alckmin afirmou a jornalistas que está em elaboração um plano de contingência, “bastante completo e bem feito”, em resposta à medida de Trump.

“Todo empenho agora nesta semana é buscar resolver o problema. Estamos permanentemente no diálogo, estamos dialogando neste momento, pelos canais institucionais e em reserva”, destacou.


Após o anúncio de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a criação de um comitê interministerial para discutir a tarifa.

O grupo de trabalho é chefiado por Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Desde a criação, o comitê tem discutido com os empresários e os setores mais afetados pela decisão dos EUA.


Segundo o vice-presidente, não há previsão, por enquanto, de conversas diretas com o líder norte-americano.

“Não conversei com o presidente Lula sobre isso [eventual diálogo direto com Trump], mas o presidente Lula é um homem do diálogo. Sempre defendeu o diálogo, que é o que fazemos permanentemente”, acrescentou Alckmin.


Lula pede compreensão

Mais cedo nesta segunda, Lula apelou para que Trump deixe as divergências de lado e reflita sobre a importância do Brasil no comércio com os EUA.

O petista aproveitou para voltar a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro e o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal que está nos Estados Unidos.

“Eu espero que o presidente dos Estados Unidos reflita a importância do Brasil e faça aquilo que no mundo civilizado a gente faz. Tem divergência? Tem. Então senta em uma mesa, coloca as divergências de lado e tenta resolver. E não de forma abrupta tomar a decisão que vai taxar o Brasil em 50%. Isso é o que o filho do coisa [Eduardo Bolsonaro] e o coisa [Jair Bolsonaro] estão pedindo para fazer”, disse, em agenda no Rio de Janeiro.

China em defesa do Brasil

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou, também nesta segunda, que o gigante asiático está disposto a cooperar com o Brasil e outros países em defesa de um comércio justo multilateral, em meio às tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos.

“A China está pronta para trabalhar com o Brasil, outros países da América Latina e do Caribe e os países dos Brics, para, em conjunto, defender o sistema multilateral de comércio centrado na OMC [Organização Mundial do Comércio] e a equidade e justiça internacionais”, disse, em coletiva de imprensa.

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Além disso, Jiakun reafirmou que as guerras tarifárias “não têm vencedores”.

“A China já deixou clara sua posição sobre os aumentos de tarifas dos EUA sobre o Brasil. Permitam-me enfatizar que as guerras tarifárias não têm vencedores e que práticas unilaterais não atendem aos interesses de ninguém”, acrescentou.

Relembre

Em 9 de julho, Donald Trump anunciou que vai cobrar 50% de todos os itens do Brasil comprados pelos EUA a partir de 1º de agosto.

Segundo o republicano, a medida é uma resposta direta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas norte-americanas e à forma como o país tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de inelegível até 2030, o ex-presidente é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

Para o líder norte-americano, o julgamento e as investigações que envolvem o ex-presidente brasileiro configurariam uma “caça às bruxas” que deveria “terminar imediatamente”.

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