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Alckmin diz que há condições favoráveis para redução da taxa de juros; veja entrevista

Vice-presidente afirmou à Record TV que programa de incentivo à compra de veículos também vai beneficiar empresas e locadoras

Brasília|Do R7, em Brasília

Alckmin em entrevista à repórter Renata Varandas
Alckmin em entrevista à repórter Renata Varandas Alckmin em entrevista à repórter Renata Varandas

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou, em entrevista exclusiva à Record TV nesta quarta-feira (7), que há condições econômicas favoráveis para a redução da taxa Selic, a taxa básica de juros do país (veja a entrevista no vídeo abaixo). O índice está em 13,75% desde agosto do ano passado, o maior desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75%.

"A economia está reagindo. O dólar caiu, a Bolsa subiu, o PIB cresceu, a inflação caiu. Temos é que perseverar no trabalho. Essa decisão [sobre a Selic] quem pode dar é o Banco Central, mas acho que as condições para a redução das taxas de juros estão colocadas: bom regime fiscal e queda da inflação", afirmou Alckmin.

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A manutenção do índice em patamares elevados tem sido criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde que assumiu a Presidência. As declarações de Lula são direcionadas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Nas últimas falas sobre o assunto, Lula afirmou que não há "explicação histórica" para o índice. "Para que esses juros tão altos? Quem é que ganha com isso e quem é que perde? Quem perde, nós sabemos, é o povo brasileiro, é o empresário que quer investir, é o pequeno e médio empreendedor", disse na terça (6), durante um evento em Pernambuco.

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Compra de carros

Durante a entrevista, Alckmin também comentou o programa do governo federal de incentivo à compra de veículos, anunciado oficialmente na segunda (5) por ele e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O governo vai baixar o imposto%2C abrir mão da receita e vai dar um crédito tributário ao consumidor%2C para beneficiá-lo. É o preço [do veículo] que vai abaixar. Serão R%24 500 milhões [em renúncia tributária] para os veículos%2C R%24 700 milhões para caminhões e R%24 300 milhões para ônibus%2C porque a frota de ônibus é muito menor que a de caminhão.

(Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)

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"Nós não estamos tirando nada. Esse carro de menos de R$ 60 mil tem air-bag, segurança, ar-condicionado, freio ABS, sistema de frenagem e tecnologia de ponta. Nós estamos tirando o imposto para ajudar a população a ter acesso a um produto e ativar o emprego, segurar o emprego nesse momento", completou Alckmin.

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Segundo o vice-presidente, em um primeiro momento, o foco do programa serão as pessoas físicas. "As pessoas jurídicas, as empresas e as locadoras vão poder [participar], mas nós vamos privilegiar e beneficiar, no começo, a pessoa física. A pessoa que está com o carro usado poder trocar de carro. Aquele que está com uma moto poder ter um carro. Isso é para veículos de até R$ 120 mil."

Alckmin destacou ainda o aspecto sustentável da medida. "Tem o compromisso de tirar o caminhão ou o ônibus velho da rua, que estão poluindo, quebram, têm problema de segurança, acidentes. Tira o caminhão velho da rua, vai para a reciclagem ou para a siderurgia, e você coloca um caminhão novo, que vai poluir muito menos, ter muito mais segurança e renovar a frota", disse, ao ressaltar a eficiência energética do programa.

"Foi importante ter sido [anunciado] no Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, porque nós estamos estimulando a eficiência energética, o carro que polui menos. Aquele carro que emite mais vai ter menos crédito, menos redução de impostos. Um dos critérios é poluir menos, ser ecologicamente mais verde. Uma boa notícia: em maio do ano que vem, vai ser produzida no Brasil a primeira caminhonete híbrida, etanol-elétrica, fabricada aqui", acrescentou.

Critérios social, ambiental e industrial

O programa de incentivo à compra de carro tem três critérios: social, ambiental e industrial. O desconto mínimo é de 1,6%, e o máximo, de 11,06%. Em valores, o menor desconto é de R$ 2.000, e o maior, de R$ 8.000. A expectativa é que o programa, com custo de R$ 1,5 bilhão, tenha duração de ao menos quatro meses.

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