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Lula volta a criticar taxa de juros a 13,75%: 'Quem é que ganha com isso?'

Durante agenda realizada em Pernambuco nesta terça-feira (6), o presidente discursou em defesa da liberação de crédito

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula e funcionários de uma fábrica em Goiana (PE)
Lula e funcionários de uma fábrica em Goiana (PE) Lula e funcionários de uma fábrica em Goiana (PE)

Durante agenda em Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta terça-feira (6) a taxa de juros do país, atualmente em 13,75%, e disse que não há "explicação histórica" para o índice. "Para quê esses juros tão altos? Quem é que ganha com isso e quem é que perde? Quem perde, nós sabemos, é o povo brasileiro, é o empresário que quer investir, é o pequeno e médio empreendedor", disse.

Lula visitou as instalações de uma fábrica de automóveis de Goiana (PE), inaugurada em 2015 e que gera mais de 14 mil empregos. Na agenda, o presidente argumentou em defesa da liberação de crédito.

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Como eu vou convencer o empresário a colocar dinheiro nesse país se eu não der para ele nenhuma garantia%3F Como você vai colocar o seu dinheiro em algum lugar para ser guardado se não tiver garantia%3F Essa garantia%2C eu quero dizer%2C esse país vai voltar a crescer%2C vai voltar a ter crédito.

(Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República)

A desaceleração da inflação e as novas regras fiscais anunciadas pelo governo não devem alterar a decisão do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros no maior nível desde 2017 até o segundo semestre deste ano, conforme projeções de analistas do mercado financeiro.

Na visão dos economistas consultados semanalmente pela autoridade monetária, o primeiro corte da Selic ocorrerá apenas no dia 20 de setembro, quando a taxa cairá 0,25 ponto percentual, dos atuais 13,75% para 13,5% ao ano.

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Aceno ao agro

Mais cedo, Lula participou da abertura da 17ª edição da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, e anunciou a liberação de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 7,6 bilhões para o setor agropecuário. Os recursos vão servir para investimentos em sustentabilidade, ampliação da capacidade de armazenagem e segurança alimentar.

Durante a agenda realizada no estado baiano, Lula fez acenos à classe em uma tentativa de se aproximar do setor. Além disso, o presidente defendeu que não exista nenhum tipo de rivalidade do agro com a indústria, pois as duas classes são importantes para a economia nacional.

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Entendemos que é obrigação do Estado criar as condições de ajudar%2C porque dizer 'eu não preciso do governo' é mentira. Todo mundo precisa do governo. O grande [produtor] precisa%2C o pequeno precisa e o médio precisa. Se não é o Estado colocar dinheiro%2C muitas vezes o agronegócio não estaria do tamanho que está.

(Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República)

O presidente voltou a afirmar que os produtores agropecuários precisam respeitar o meio ambiente. "Nenhuma pessoa honesta vai poder derrubar uma floresta para plantar, porque temos 30 milhões de quilômetros de terras degradadas que podem ser utilizadas para dobrar a produção. Mas quem quiser agir como bandido para desmatar, vai ter que sofrer a pena da lei", garantiu.

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