Anatel testa nesta quarta-feira sistema para combater chamadas indesejadas
Serviço mostra informações sobre responsável pela ligação e tem por objetivo diminuir as chances de golpe e abuso de telemarketing
Brasília|Do R7, em Brasília
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vai testar nesta quarta-feira (14) um serviço de autenticação e identificação de chamadas que apresenta informações sobre o responsável pela ligação. O recurso, limitado aos celulares conectados às redes 4G e 5G e aptos à tecnologia, tem por objetivo diminuir as chances de golpe e a abusividade nos serviços de telemarketing.
O sistema será apresentado ao público pela primeira vez durante um simpósio sobre tendências e perspectivas do setor de telecomunicações. A expectativa é de que o teste ocorra de 11h45 às 13h00.
Veja mais
Segundo a organização responsável pelo evento, TelComp, quem recebe a chamada não pagará pela autenticação e identificação. O serviço, que ainda não tem data de início para lançamento, é composto por tecnologias que possibilitam a autenticação dos dados de uma conversa. Uma delas, permite que o usuário coloque informações como imagem de ícone ou logomarca, localização de origem e motivo da chamada.
“Com essas informações, será possível para o consumidor identificar empresas e decidir se tem interesse em atender a chamada. Também será possível reconhecer ligações que configurem comportamento abusivo, para que o consumidor adote as medidas que entenda adequadas”, informou a Anatel.
Já conhecido no mercado internacional, o Stir Shaken é usado no mercado norte-americano por força de legislação e da regulação setorial no mercado canadense, sendo obrigatória sua utilização pelas prestadoras de serviços. “O objetivo é criar mecanismos de aprimoramento para o rastreamento e realizar controle do tráfego telefônico com a finalidade de mitigar a ação de robôs de chamada”, informou a TelComp.
Chamadas abusivas
Em abril, a Anatel anunciou novas medidas que visam combater o disparo massivo de chamadas abusivas, entre elas a possibilidade de determinação de bloqueio pela própria agência.
Outra mudança está relacionada a duração do “enquadramento” das chamadas curtas, que agora são consideradas aquelas completadas com duração de até 6 segundos – com desligamento na origem ou no destino. Anteriormente, eram consideradas chamadas curtas aquelas com até três segundos.
Entre junho de 2022 e julho de 2023, por exemplo, 582 empresas foram bloqueadas por infringirem os limites fixados em três cautelares editadas pela agência.