O advogado Antônio Rueda foi eleito nesta quinta-feira (29) o novo presidente do União Brasil. A posse está prevista para junho, marcando o fim do mandato do deputado Luciano Bivar como líder da sigla. A eleição ocorre em meio a um racha no partido. Luciano Bivar chegou a cancelar a convenção do partido sob a justificativa de que a assembleia nacional ainda não estava amparada no estatuto da sigla. O União Brasil nasceu da junção do PSL e do DEM, em 2021. Nos bastidores, parlamentares comentam que esperam que a nova liderança traga mais liberdade para a campanha eleitoral deste ano. O União é um dos maiores partidos do Congresso Nacional, com 59 deputados federais e 7 senadores. O partido também comanda três ministérios no governo Lula: Turismo, Desenvolvimento Regional e Comunicações. Após o anúncio da vitória, Rueda disse à imprensa que o resultado da eleição reflete o trabalho “de todo o partido”. “Tenho clareza de que esse time nunca esteve tão unido, e que o partido tem projeto para crescer em 2024 e em 2026”, afirmou. Um dos apoiadores de Rueda, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que a nova equipe do partido é composta por pessoas capazes de “representá-lo em nível nacional”. “É um divisor de águas. Agora realmente temos um diretório para debater os temas no nível do Congresso Nacional e com relevância”, completou. Ao comentar sobre a eleição, o líder do partido no Senado, Efraim Filho, lamentou que o “presidente Bivar não tenha reconhecido a necessidade da mudança de liderança”. Os governadores Mauro Mendes (Amazonas) e Antônio Rocha (Rondônia) e o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), também estiveram presentes. A crise interna no partido se acirrou na quarta-feira (28), quando Bivar convocou uma coletiva para apresentar supostas denúncias contra Rueda. Durante a entrevista, ele optou por não apresentou nenhuma informação a respeito, disse que deveria fazer uma investigação interna e que possivelmente levaria o caso ao Ministério Público. “Essas denúncias são de toda a sorte, são incríveis. São denúncias que o partido não pode estar na mão de alguém que queira usá-lo a título de fazer negócios", disse.
