Disputa por comando gera crise no União Brasil, e Bivar nega ter ameaçado vice-presidente
Atual presidente do partido, Bivar trabalha para se manter na posição e impedir que vice, Antônio Rueda, o suceda
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
O presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), negou nesta quarta-feira (28) que tenha feito ameaças ao vice-presidente do partido, Antônio Rueda, e a sua família. A afirmação ocorre após uma crise na disputa pela presidência do partido. Diante das tensões, Bivar trabalha para se manter na posição e impedir que Rueda o suceda no cargo. O atual presidente afirmou que há risco de as eleições do partido, marcadas para esta quinta-feira (29), serem adiadas. Segundo ele, há três chapas na disputa.
De acordo com o deputado, as alegações de uma possível ameaça a Rueda teriam sido interpretadas pela metade durante uma conversa. "Foi picotado um estado emocional de parte a parte e eu não sei qual foi a minha parte que ele omitiu e qual foi a parte dele que ele está divulgando", disse. Ao ser questionado sobre a conversa com Rueda, Bivar afirmou ter dito que "as propostas indecorosas que ele anda fazendo" não seriam aceitas por ele e que iria "f..." o vice.
Apesar de negar as ameaças, Bivar afirmou que houve ataques e xingamentos. "Ele disse que ia me f.. também. É coisa privada; eu já falei para um aqui uma vez no privado mandando t... Aí ele pegou, entrou com um processo para me destituir do PSL na época, mas é um telefone privado", argumentou.
Antes da coletiva, Bivar afirmou que faria denúncias na entrevista, mas não as apresentou. Ele alegou que deve fazer uma investigação interna e possivelmente levar o caso ao Ministério Público."Essas denúncias são de toda a sorte, são incríveis. São denúncias que o partido não pode estar na mão de alguém que queira usá-lo a título de fazer negócios", disse.
O R7 tentou contato com Antônio Rueda, que ainda não se manifestou.
O deputado, que apareceu com uma pasta escrito "denúncias" na coletiva, teria sido aconselhado pelo jurídico a não expor as informações. Em relação à formação das chapas, Bivar afirmou que o jurídico ainda não avaliou totalmente para saber se a eleição seria realizada.