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Anvisa derruba recomendação de barrar viajantes africanos

Orientação restringia entrada de viajantes de seis países da África, mas, com disseminação da Ômicron, distinção perde o sentido

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu, nesta sexta-feira (7), uma nova recomendação em relação aos voos vindos de seis países da África, continente onde a variante Ômicron foi identificada pela primeira vez. Com a recomendação, passageiros vindos da África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, que têm restrição de entrada no Brasil, poderão ingressar no país, desde que atendam às diretrizes definidas para os demais viajantes de procedência internacional. 

A nova orientação ainda precisa ser avaliada e validada pelos ministérios da Saúde, da Justiça e da Infraestrutura, sob a coordenação da Casa Civil. Até lá, fica valendo a restrição de voos vindos dos países africanos, como ocorre desde o fim de novembro de 2021.

"A recomendação foi emitida considerando o cenário epidemiológico à época frente à nova variante do vírus Sars-CoV-2, identificada inicialmente no sul da África. Na ocasião, a OMS designou a variante B.1.1.529 como uma variante de preocupação, denominada Ômicron", justificou a agência.

De acordo com a Anvisa, como a variante Ômicron já circula no Brasil e foi identificada em 110 países em todas as seis regiões da OMS, não há necessidade para que o fluxo de passageiros dos países africanos permaneça interrompido. Para tomar a decisão, a agência levou em consideração, também, o avanço contínuo da vacinação contra a Covid-19.


"Ressaltamos que o cenário epidemiológico ainda exige preocupação e cautela, e que as medidas de mitigação ainda são ferramentas imprescindíveis para a proteção da saúde da população brasileira", pondera a Anvisa, na nota técnica que traz a nova recomendação. 

Caso o governo federal incorpore a orientação, os viajantes vindos da África ficam sujeitos às regras dos demais viajantes. Isso significa que eles precisam realizar testes pré-embarque, preencher a DSV (Declaração de Saúde do Viajante) e apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 ou realizar a quarentena após desembarque no Brasil.

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