Ao menos 30 extremistas ainda estão presos no Senado
A informação foi dada pelo presidente em exercício, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), nesta segunda-feira (9)
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente do Senado Federal em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), informou nesta segunda-feira (9) que 30 extremistas ainda estão presos na sede da Polícia Legislativa da Casa Alta, aguardando a transferência para a penitenciária do Distrito Federal, um dia após a invasão de vândalos ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a polícia, os invasores podem ser retirados no prazo de até sete dias, por se tratar de prisão preventiva.
Extremistas que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal e invadiram os prédios do Congresso Nacional e do STF e o Palácio do Planalto.
Diante do cenário, o presidente da República decretou intervenção federal na segurança do Governo do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. O interventor escolhido por Lula é Ricardo Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Há previsão de análise desse decreto pelo Congresso Nacional na terça-feira (10).
Segundo a Polícia Civil, 300 extremistas foram presos até as 23h de domingo (8). Outras 1.200 pessoas, que resistiam à desmobilização do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, foram retiradas do local e detidas na manhã desta segunda-feira (9).
"Todas as investigações serão acompanhadas do Senado, que também foi vítima. Temos certeza que as apurações se darão em respeito aos procedimentos legais exigidos, e aqueles que foram identificados vão ter a oportunidade de se defender, mas nós haveremos de cobrar punição severa", disse Rêgo.
CPI
O Senado colheu assinaturas suficientes para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar atos antidemocráticos relacionados à invasão e à depredação de prédios públicos na praça dos Três Poderes.
Até o momento, 31 senadores assinaram o documento; o mínimo para instalar a CPI é de 27 assinaturas de parlamentares. O documento deve ser avaliado pelo Senado — segundo o presidente em exercício, somente após o dia 1º de fevereiro, quando os senadores e senadoras eleitas tomam posse dos cargos.
De autoria da senadora Soraya Thronicke (União-MS), o pedido de abertura da CPI propõe apurar a responsabilidade pelos atos antidemocráticos praticados "em 8 de janeiro de 2023, por um grupo de pessoas que invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto".