Às vésperas do prazo final para deixar governo, Fufuca entrega obras ao lado de Lula
Ministro do Esporte recebeu prazo até amanhã para desembarcar do governo federal; medida já foi anunciada pelo PP há um mês
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Às vésperas do prazo final para deixar o governo, o ministro do Esporte, André Fufuca, entrega obras na tarde desta segunda-feira (6) no Maranhão ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão de desembarque do PP (Progressistas) e do União Brasil do governo federal foi tomada no começo de setembro pelas cúpulas das siglas, e obrigava ministros como Fufuca e Celso Sabino (Turismo) a deixarem seus cargos.
Inicialmente, os partidos deram o prazo de um mês para os ministros filiados deixarem o primeiro escalão do Executivo. Na última semana, com o fim do prazo inicial, Ciro Nogueira, presidente do PP, deu um novo ultimato e disse que Fufuca tinha até esta terça-feira (7) para deixar o ministério.
Oficialmente, a assessoria de imprensa do ministro Fufuca confirmou que ele estará ao lado de Lula em Imperatriz (MA) para entrega de casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, e também a assinatura de uma ordem de serviço para a construção de uma Arena Brasil na região. A assessoria nega, contudo, que o futuro do ministro seja um tema para ser debatido entre Lula e Fufuca na agenda oficial.
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Outro ministro com futuro incerto na Esplanada dos Ministérios é o do Turismo, Celso Sabino, filiado ao União Brasil. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou, no domingo (5), que a Executiva nacional do partido vai se reunir na quarta-feira (8) para decidir sobre a expulsão dele do partido.
Na sexta-feira (3), o União Brasil iniciou o processo de expulsão do ministro. A medida foi tomada após ele não deixar o cargo no governo federal.
Na postagem de Caiado, o governador também disse que no encontro ainda será tratado sobre a dissolução do Diretório do Pará, presidido por Sabino, para que “o União Brasil seja comandando por quem realmente se posiciona contra o Governo do PT e luta contra a venezuelização do nosso País”.
Entenda
O União Brasil e o PP (Progressistas) decidiram em 2 de setembro a deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mandaram dois ministros filiados aos partidos saírem dos cargos. A decisão prevê penalidades para quem não cumprir as regras.
A decisão das legendas vale para os ministros que foram eleitos para o Congresso nas eleições de 2022 e se licenciaram das funções parlamentares para integrar a Esplanada dos Ministérios: os ministros do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e do Esporte, André Fufuca (PP).
Os partidos estão à frente de outros dois ministérios — Ministério das Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e Ministério do Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes. No entanto, como ambos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não devem ser obrigados a renunciar.
Contudo, a determinação dos partidos também será aplicada a outros cargos na administração federal. “Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal”, anunciou o presidente do União, Antonio Rueda, na ocasião.
“Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, acrescentou.
“Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, concluiu Rueda à época do anúncio.
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