Associação de médicos cubanos repudia ação dos EUA contra Mais Médicos
Entidade defendeu o programa como política de saúde pública
Brasília|Da Agência Brasil
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A Associação dos Médicos Cubanos no Brasil (Aspromed) repudiou as sanções do governo dos Estados Unidos a gestores públicos envolvidos com a estruturação do programa Mais Médicos, além de declarar apoio à cooperação de longa data entre Cuba e Brasil na área da saúde.
Nesta semana, o Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou os vistos de funcionários do governo brasileiro ligados à implementação do programa Mais Médicos.
Foram cancelados os documentos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para COP30. Também foram sancionados o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e seus familiares.
Leia mais
Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirma que os servidores teriam contribuído para um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do Mais Médicos.
Em nota de repúdio, a Aspromed destacou o papel do Mais Médicos como política de saúde pública com o objetivo de garantir o direito à saúde para todos, “especialmente para a população de baixa renda que vive em regiões menos privilegiadas por todo o país”.
Afastando a tese do Secretário de Estado dos Estados Unidos, a diretoria da associação afirmou que os médicos cubanos que permanecem no Brasil o fazem por escolha própria.
“Muitos já naturalizados, com famílias brasileiras e laços afetivos profundos com o país, continuarão atuando com dedicação junto às comunidades mais carentes, levando atendimento e cuidado a pessoas que vivem em condições adversas, nos rincões mais distantes do território nacional”, defendeu a nota.
Segundo a Aspromed, os 18 mil médicos que atuaram no programa realizaram cerca de 63 milhões de atendimentos, “fortalecendo e legitimando o maior sistema de saúde do mundo, universal, público e gratuito, o SUS”.
O convênio com Cuba terminou em 2018 e parte dos médicos optou por permanecer no país — 2,5 mil segundo estimativa da associação.
O programa atendeu a pequenas cidades e distritos indígenas onde a presença de profissionais de saúde era historicamente menor, mas também foi marcante em periferias das grandes metrópoles.
Perguntas e respostas:
Qual foi a reação da Associação dos Médicos Cubanos no Brasil em relação às sanções dos EUA?
A Associação dos Médicos Cubanos no Brasil (Aspromed) repudiou as sanções do governo dos Estados Unidos a gestores públicos envolvidos no programa Mais Médicos e declarou apoio à cooperação entre Cuba e Brasil na área da saúde.
O que motivou as sanções do governo dos EUA?
O Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou os vistos de funcionários do governo brasileiro ligados à implementação do programa Mais Médicos, alegando que esses servidores teriam contribuído para um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.
Quais foram os funcionários afetados pelas sanções?
Os vistos cancelados incluem os de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e seus familiares também foram sancionados.
Como a Aspromed defendeu o programa Mais Médicos?
A Aspromed destacou o programa como uma política de saúde pública que visa garantir o direito à saúde para todos, especialmente para a população de baixa renda em regiões menos privilegiadas do país.
Qual é a posição da Aspromed sobre a permanência dos médicos cubanos no Brasil?
A diretoria da Aspromed afirmou que os médicos cubanos que permanecem no Brasil o fazem por escolha própria, muitos já naturalizados e com laços afetivos com o país, e continuarão a atender comunidades carentes.
Quantos atendimentos foram realizados pelos médicos do programa Mais Médicos?
Segundo a Aspromed, os 18 mil médicos que atuaram no programa realizaram cerca de 63 milhões de atendimentos, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS).
Quando terminou o convênio com Cuba e quantos médicos decidiram ficar no Brasil?
O convênio com Cuba terminou em 2018, e cerca de 2,5 mil médicos decidiram permanecer no Brasil, segundo estimativas da associação.
Quais áreas foram beneficiadas pelo programa Mais Médicos?
O programa atendeu pequenas cidades e distritos indígenas, além de ter um impacto significativo em periferias de grandes metrópoles, onde a presença de profissionais de saúde era historicamente menor.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
