Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Ataques às urnas, democracia e vacinas: veja como atuou grupo que planejou matar Lula

Ao todo, cinco militares foram presos no RJ e levados à Superintendência da PF; dois atuavam na segurança do G20

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Plano previa matar Lula e Geraldo Alckmin Ricardo Stuckert/Reprodução -

A operação da PF (Polícia Federal) que investiga cinco militares suspeitos de planejar o assassinato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes atuavam em diversos eixos, como tentativa de golpe, ataques às vacinas e às urnas.

Veja Mais

Em documento apresentado pela polícia ao STF, a PF lista que os cinco presos estavam envolvidos em: ataques virtuais a opositores do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); ataque ao STF e TSE, ao sistema eletrônico de votação e ao processo eleitoral; tentativa de Golpe de Estado e Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; ataque às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias da pandemia; além de uso da estrutura do estado para obter vantagens.

A PF pontua também que os envolvidos teriam usado cartões corporativos para pagar despesas pessoais, teriam inserido dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde para falsificação de cartões de vacina, e desviado bens recebidos de autoridades estrangeiras, com o caso das joias entregues a Bolsonaro.

Entenda a operação

O plano para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin foi encontrado pela PF (Polícia Federal) na casa do general do Exército Mario Fernandes, ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, e ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Mais cedo, a corporação realizou uma operação para desarticular uma organização criminosa autora de tentativa de golpe de Estado e de restrição do Poder Judiciário.


Os militares presos na operação são: tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, general Mario Fernandes, tenente-coronel Hélio Ferreira Lima e o policial federal Wladimir Matos Soares. Neste momento, os agentes estão na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. O Exército busca informações sobre a prisão dos suspeitos para decidir para quais batalhões serão encaminhados, uma vez que não pode ter contato entre os investigados.

De acordo com fontes, o plano foi encontrado na residência do general do Exército na última busca e apreensão realizada pela PF. Segundo comunicado, as investigações apontam que a organização “se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas” nos meses de novembro e dezembro de 2022.


Entre as ações da organização criminosa, o órgão destaca a existência de um plano operacional, chamado de ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro, “voltado ao homicídio dos candidatos à presidência e vice-presidência eleitos”. No caso, Lula e Alckmin. A investigação aponta, ainda, para uma tentativa de homicídio do ministro Alexandre de Moraes.

Ao todo, são cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes em 24 horas, e a suspensão do exercício das funções públicas. Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Em tese, os crimes cometidos são abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa, segundo a corporação.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, diz a PF.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.