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Banco Central lança política para combater assédio e discriminação no trabalho

Objetivo é criar um sistema que promova o acolhimento

Brasília|Joice Gonçalves, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Banco Central do Brasil lança a PEAD-BCB para prevenir assédio e discriminação no trabalho.
  • A política estabelece diretrizes para um ambiente ético e respeitoso entre servidores e colaboradores.
  • Canais de apoio foram criados para vítimas de assédio, garantindo acolhimento e tratamento adequado.
  • Iniciativas de capacitação e sensibilização para lideranças serão implementadas anualmente.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Banco Central cria novas política de combate ao assédio e a discriminação. Marcello Casal JrAgência Brasil04.10.2025

O Banco Central do Brasil publicou no Diário Oficial da União a PEAD-BCB (Política de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, ao Assédio Sexual e a Todas as Formas de Discriminação).

O documento reúne diretrizes e ações para promover ambientes de trabalho mais saudáveis, éticos e respeitosos, reforçando o compromisso da instituição com a dignidade humana e com a cultura de integridade.


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Entenda a nova política

A PEAD-BCB define regras e responsabilidades para prevenir e combater qualquer tipo de assédio ou discriminação, seja em situações presenciais ou virtuais, envolvendo servidores, estagiários e colaboradores terceirizados.

A proposta é criar um sistema completo de prevenção, acolhimento e responsabilização, com atenção especial à saúde mental e à segurança das pessoas.


Entre os principais objetivos estão:

  • Promover ambientes de trabalho seguros e livres de violência;
  • Fomentar uma cultura de respeito, diversidade e equidade;
  • Garantir acolhimento humanizado às vítimas de assédio e discriminação;
  • Estabelecer mecanismos claros de denúncia e apuração, assegurando o sigilo e a proteção contra retaliações.

O que é considerado assédio ou discriminação

A política explica, de forma detalhada, os principais conceitos:


- Assédio moral: condutas repetitivas que expõem alguém a situações humilhantes ou constrangedoras, afetando sua dignidade e saúde emocional;

- Assédio sexual: comportamento de conotação sexual imposto contra a vontade da pessoa, causando constrangimento;


- Discriminação: qualquer distinção ou exclusão baseada em fatores como raça, gênero, orientação sexual, religião, idade, deficiência ou origem social.

O documento também abrange violência no trabalho, revitimização (quando a vítima é forçada a reviver o trauma) e riscos psicossociais associados ao ambiente laboral.

Canais de acolhimento e denúncia

Para atender quem for vítima ou testemunha de situações de assédio ou discriminação, o Banco Central criou dois canais permanentes:

- Núcleo de Apoio Psicossocial, responsável por oferecer escuta qualificada, acolhimento e encaminhamento para atendimento especializado;

- CAAD (Comissão de Apoio ao Acolhimento e Acompanhamento), que acompanha as ações do Núcleo e garante que os casos recebam o tratamento adequado.

As denúncias poderão ser feitas pela plataforma Fala.BR ou pela Ouvidoria do Banco Central, com a opção de manter o anonimato e garantia de sigilo.

Medidas de proteção

A PEAD-BCB prevê medidas acautelatórias, ações administrativas voltadas à proteção das pessoas envolvidas, como:

- mudança temporária de local de trabalho;

- flexibilização de jornada;

- suspensão de atividades que envolvam contato entre as partes;

- acompanhamento psicológico especializado.

Também está assegurada proteção contra retaliações a quem denunciar, relatar ou testemunhar casos de assédio ou discriminação.

Educação e prevenção contínua

A política prevê ações permanentes de capacitação e sensibilização, voltadas especialmente a lideranças. As formações abordarão temas como diversidade, comunicação não violenta, gestão humanizada e prevenção de riscos psicossociais.

Além disso, o Banco Central realizará, todos os anos, a Semana de Mobilização para a Prevenção e o Enfrentamento do Assédio e da Discriminação, na terceira semana de junho.

Compromisso institucional

Com a criação do CEAD-BCB (Comitê de Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação), o Banco Central pretende monitorar a aplicação da política e promover ações de melhoria contínua. O comitê será formado por representantes de diversas áreas da instituição e atuará em articulação com outras entidades públicas e privadas.

A PEAD-BCB está alinhada ao Programa de Integridade, à Política de Diversidade, Equidade e Inclusão e à Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco Central, reafirmando o compromisso da instituição em garantir ambientes de trabalho seguros, éticos e humanizados.

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