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R7 Brasília

Bebê morre na barriga da mãe após demora no parto em Hospital de Santa Maria no DF

Mãe procurou o hospital ao sentir fortes contrações; o caso é investigado pela 33ª Delegacia de Polícia

Brasília|Do R7, em Brasília

Gestante, gravidez, rede de saúde,
Mãe relata demora para fazer ecografia Secom-MT - Arquivo

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga uma quinta morte de criança por suposta negligência no atendimento na rede pública de saúde. O fato aconteceu entre os dias 14 e 15 deste mês, após a mãe, de 27 anos, buscar atendimento no Hospital Regional de Santa Maria no DF sentindo fortes contrações. O caso foi registrado na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).

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Segundo ocorrência, a mãe, Gabriela dos Santos, buscou o hospital na noite do dia 14, relatando rompimento do tampão e muitas contrações. No entanto, segundo ela, a equipe a orientou a retornar para casa. Ela voltou para o hospital no dia 15, quando foi atendida por volta das 10h.

Ainda no momento da triagem, uma enfermeira verificou que não havia batimentos cardíacos no feto e pediu uma ecografia de emergência. O exame foi realizado no período da tarde, quando foi constatado a morte do bebê.

Gabriela diz que houve demora no atendimento, na realização do exame de ecografia e que ficou no corredor do hospital até expelir o corpo do filho, já sem vida, por volta da 5h40 do dia 16. Além de registrar o caso na delegacia, a mãe também apresentou denúncia na Comissão de Direitos Humanos da CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal).


A comissão entregou um ofício para a Secretaria de Saúde pedindo a investigação do caso. A CLDF também cobrou a apresentação de um plano para atendimento a população do DF.

‘Medidas serão tomadas’

Em nota, a Secretaria de Saúde disse que entrou em contato com o presidente do Iges (Instituto de Gestão Estratégica em Saúde) e está acompanhando o caso. “A pasta esclarece que, em todos os casos de mortes divulgados pela mídia, o Conselho Regional de Medicina abre sindicância para apuração, assim como um inquérito policial. A Secretaria segue acompanhando o caso e, conforme a apuração os fatos, medidas administrativas serão tomadas”, afirmou.


O Iges disse que no dia dos fatos, a equipe do centro obstétrico estava completa e se solidarizou com os pais. Veja nota na íntegra:

O Hospital Regional de Santa Maria se solidariza com os pais e lamenta que o desfecho final não tenha sido o esperado por todos. O hospital preza pelo compromisso de ser referência em atendimentos de gestantes de alto risco em toda a Região Sul e mantém sempre as escalas do plantão do Centro Obstétrico com três ou quatro médicos ginecologistas obstetras, além de uma equipe multiprofissional preparada para atender as gestantes que buscam atendimento. No dia 14/05 não havia desfalque na equipe.


O HRSM informa que a paciente G.C.C, com idade gestacional de 35 semanas e 5 dias, compareceu ao Centro Obstétrico desta unidade no dia 14/05, recebendo seu primeiro atendimento na classificação de risco às 21h39. A queixa principal no momento do atendimento era contrações e perda do tampão mucoso, o que reitera a classificação da paciente como prioridade amarela. Às 22h57 houve a chamada para o atendimento médico, sem resposta da paciente.

Em atendimento no dia 15/05, às 12h22, após passar pela equipe de classificação de risco, não foi evidenciado movimentação fetal ao exame físico. Ao exame médico, sem ausculta de Batimento Cardíaco Fetal, sendo solicitado internação e ultrassom obstétrico para a confirmação da hipótese diagnóstica.

Na consulta médica, a paciente informa ter realizado apenas duas consultas de pré-natal, sem registros de exames e acompanhamento.

Considerando os registros em prontuário desde a sua primeira avaliação nesta unidade, evidencia-se que houve acompanhamento da equipe de assistência do HRSM e a paciente foi acolhida pela equipe de Psicologia do Centro Obstétrico. No dia 16/05, às 05h30, fora realizado o parto vaginal com natimorto do sexo masculino, e feita a solicitação de necropsia, conforme desejo dos pais. No dia 17/05, conforme consta em prontuário, a paciente optou pela evasão da unidade hospitalar mesmo ciente e orientada sobre as complicações do pós-parto.

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