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Bolsonaro diz que não cogita sair do país: ‘Estou com 70 anos, cheio de problemas de saúde’

Ex-presidente é réu e responde por cinco crimes em ação que investiga tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022

Brasília|Do R7, em Brasília

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Bolsonaro responde por cinco crimes, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão Ton Molina/STF - 09/06/2025

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não pretende deixar o país. “Estou com 70 anos, cheio de problemas de saúde. Como é que eu vou para outro país?”, disse em entrevista nesta terça-feira (15).

Bolsonaro e outras sete pessoas são réus em uma ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal) relacionada à tentativa de golpe após as eleições de 2022.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Jair Bolsonaro afirma que não tem intenção de deixar o Brasil devido à sua saúde.
  • Ele é réu em uma ação penal no STF por tentativa de golpe após as eleições de 2022, enfrentando penas de até 40 anos.
  • Bolsonaro questiona as acusações e critica o ministro Alexandre de Moraes por sua atuação na Corte.
  • A Procuradoria-Geral da República apresentou as alegações finais da ação, que envolvem sete pessoas além de Bolsonaro.

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Ao todo, o ex-presidente responde por cinco crimes, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Além disso, Bolsonaro voltou a questionar a ação penal e contestou alguns dos crimes que lhe são atribuídos. “Eu quero ver esse julgamento meu. Como é que eu posso ser responsável por danificar patrimônio se eu estava nos EUA?”, declarou, em entrevista ao portal Poder360.


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O ex-presidente também criticou a atuação do ministro do STF Alexandre de Moraes, afirmando que ele “sequestrou” a Corte e faz “o que bem entende”.

“Ele vai interrogar, ele vai julgar. Ele diz que é vítima porque havia um plano para assassiná-lo. Agora, a pessoa com quem encontraram esse plano, chamado Punhal Verde e Amarelo, não foi ouvida até hoje. Então, não interessa para o relator nem para o PGR [procurador-geral da República] aquela narrativa”, afirmou Bolsonaro.


Entenda

Nessa segunda-feira (14), a PGR (Procurador-geral da República) apresentou as alegações finais da ação penal. Nela, Paulo Gonet pediu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Com a entrega das alegações finais da PGR (Procuradoria-Geral da República), começa o prazo para que os réus se defendam pela última vez das acusações.


O primeiro a se manifestar será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso. O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, abriu prazo de 15 dias para que a defesa de Cid entregue o posicionamento. Após isso, os demais réus também terão 15 dias para apresentar as manifestações ao STF.

Os réus da ação penal são:

  • Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
  • Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice de Bolsonaro em 2022.

Acusações

Para a PGR, houve uma articulação clara com o objetivo de manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota dele nas eleições de 2022.

No documento, a PGR afirma que Bolsonaro instrumentalizou o governo federal, mobilizando órgãos públicos, setores estratégicos das Forças Armadas e recursos estatais para, de forma persistente, atacar instituições públicas e o processo eleitoral brasileiro.

Segundo a acusação, o ex-presidente é descrito como o maior beneficiário e executor dos atos mais graves do esquema. A PGR aponta que ele documentou quase todas as fases da trama, se valendo de discursos públicos, transmissões oficiais e reuniões ministeriais para insuflar apoiadores e atacar o sistema eletrônico de votação.

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