Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Brasil firmou em 2024 o maior número de acordos internacionais desde 2015

Levantamento feito pelo R7 constatou 107 acordos assinados com diversos países do mundo no ano passado

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

  • Google News
Macron e Lula
No início do mês, Lula e Macron assinaram acordos durante visita do brasileiro à França

O Brasil firmou em 2024 o maior número de acordos comerciais e atos de cooperação técnica da última década, com 107 acordos com diversos países do mundo.

O levantamento feito pelo R7 usou dados obtidos via Lei de Acesso à Informação com o Ministério das Relações Exteriores.


Veja mais

O R7 pediu ao Itamaraty dados sobre os acordos firmados apenas durante viagens internacionais de presidentes da República aos países parceiros. No entanto, a pasta disse que não existe no sistema “informação sobre atos internacionais assinados ‘em missões presidenciais no exterior’”.

“Cumpre assinalar, porém, que todos os atos listados na tabela [fonte dos dados utilizados pelo R7], exceto aqueles assinados por Embaixadores ou Chefes de Missões Diplomáticas, decorrem de missões presidenciais ou de ministros ou autoridades designadas ao exterior”, explicou.


Viagens internacionais por ano Luce Costa/Arte R7

Brasil no cenário internacional

Professor de relações internacionais e cientista político, Maurício Santoro explica que o Brasil começou a projetar os presidentes no cenário internacional após a redemocratização da década de 1980.

“No período anterior, na época dos militares e da Era Vargas, as viagens eram raras. O presidente Getúlio Vargas foi à Argentina uma única vez em uma brevíssima viagem”, lembrou.


“Mudanças na tecnologia de comunicação e de transporte tornaram as viagens presidenciais, não só no Brasil, mas em outros países, um instrumento mais importante”, acrescentou.

Ele cita, por exemplo, que o governo de Fernando Collor foi mais ativo, assim como o de Fernando Henrique Cardoso.


“Outros presidentes como Dilma, Bolsonaro e Temer, não foram dedicados à agenda global, não tinham tanto interesse nas políticas externas. No caso do governo Bolsonaro, o período coincidiu com a pandemia, então houve muita restrição [de viagens]”, observou Santoro.

Sobre o número de acordos assinados, no entanto, Santoro pontuou que nem sempre um número maior representa acordos mais benéficos para o Brasil.

“Por exemplo, nessa viagem de Lula para a França neste mês, se ele conseguisse avançar no comércio entre a União Europeia e Mercosul, traria mais benefícios do que os outros acordos fechados pelo Brasil no último período”, analisou.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.