Lula conversa com brasileiros em Gaza e ouve relatos de falta d'água e de comida e mortes de crianças
O presidente falou com uma família de brasileiros que aguarda a abertura da fronteira com o Egito para ser repatriada
Brasília|Augusto Fernandes, da Record TV
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por videoconferência, nesta quinta-feira (26), com uma família de brasileiros que está na Faixa de Gaza à espera da abertura da fronteira com o Egito. Eles aguardam para ser repatriados e fugir do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Segundo o Palácio do Planalto, os brasileiros relataram ao chefe do Executivo que lidam com escassez de água, energia, alimentos e medicamentos. Eles também comentaram a rotina de bombardeios e mortes na região, principalmente de crianças.
Durante a videoconferência, Lula ressaltou que o governo vai fazer todos os esforços possíveis para que os brasileiros em Gaza deixem o local e fiquem em segurança no Brasil. O presidente ainda assegurou que vai manter o avião presidencial a postos no Cairo, a capital do Egito, para que seja acionado assim que a fronteira for aberta.
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"Lula também ressaltou que tem expressado especial preocupação sobre a situação dos brasileiros em Gaza nas conversas que tem mantido com líderes da região, os dirigentes dos Emirados Árabes Unidos, de Israel, da Palestina, do Egito, da França, da Rússia, da Turquia, do Irã, do Catar e do Conselho Europeu", disse o Palácio do Planalto, em nota.
Além da videoconferência com os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, o presidente conversou nesta quinta com integrantes do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, que reúne parentes de pessoas que desapareceram ou foram capturadas como refém pelo Hamas.
A chamada ocorreu a pedido do Fórum de Famílias, por meio de uma carta endereçada a Lula na sequência dos atos terroristas do Hamas. Participaram da conversa familiares de um brasileiro que se encontra desaparecido.
"Depois de ouvir os familiares dos raptados, o presidente Lula condenou os ataques contra civis, em quaisquer circunstâncias, e enfatizou a importância de que as pessoas diretamente atingidas pelo terrorismo e pela guerra sejam ouvidas. Lembrou que, nos dois lados do conflito, há pessoas que desejam a paz", informou o Planalto na nota.
O Fórum de Famílias pediu ao presidente que continue a apoiar o pleito do grupo pela libertação de reféns. Lula respondeu estar pessoalmente empenhado na construção da paz, na libertação dos reféns e na abertura de um corredor humanitário. Além disso, ele assegurou que tem tratado a questão como prioridade nas conversas que vem mantendo com líderes internacionais sobre a crise entre Israel e a Palestina.