Caixa anuncia abertura de agências para atender população indígena
Unidades serão em Bonfim (RR) e São Gabriel da Cachoeira (AM), mas ainda não foi informada a data prevista para a inauguração
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, anunciou nesta terça-feira (7) a abertura de duas novas agências que visam atender a população indígena. As novas unidades serão em Bonfim (RR) e em São Gabriel da Cachoeira (AM). A dirigente do banco público, contudo, não informou a data de abertura dessas unidades. Ao todo, cerca de 30 mil indígenas devem ser beneficiados com as ações do banco nas regiões.
Rita afirmou que, enquanto as novas unidades não forem abertas, um caminhão da Caixa fará o atendimento, com início nesta quinta-feira (9), em Bonfim. O veículo vai passar, ainda, por outras três cidades (Normandia, Amajari e Mucajaí) até abril, sendo mantidas rotas periódicas nestes municípios. No estado, as ações contemplam 10 mil famílias indígenas.
Já no Amazonas, a iniciativa contempla 20 mil famílias em oito municípios. O caminhão da Caixa vai passar pelas cidades de Santo Antonio do Içá, Amaturá, Santa Isabel do Rio Negro, Tonantins e Eirunepé. Nesses lugares, os clientes vão receber orientações sobre o uso do cartão de débito do Bolsa Família e a entrega e cadastramento de senhas do Bolsa Família.
Lula não compareceu ao evento
Estava prevista a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia realizada em Brasília, mas o petista não compareceu, tampouco informou o motivo. Três ministros de Estado participaram do evento – Fernando Haddad (Fazenda), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil).
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A cerimônia constava na agenda oficial de Lula, mas por volta de 12h20 foi anunciado que o ministro da Casa Civil seria o representante do presidente no evento. A informação também pegou de surpresa os assessores de imprensa, que não souberam informar o motivo da ausência do chefe do Executivo.
Crise Yanomami
A população yanonami tem registrado graves casos de malária e de desnutrição. Diante do cenário, o Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública de importância nacional, e a Polícia Federal abriu inquérito para apurar eventuais crimes, como genocídio e omissão de socorro.
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que oito em cada dez crianças indígenas com menos de cinco anos na comunidade sofrem de desnutrição. O garimpo ilegal e a ausência de medicamentos e políticas de saúde agravam a situação da comunidade de 30 mil habitantes, localizada no meio da floresta amazônica.