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Câmara aprova urgência para projeto que torna todo brasileiro doador de órgãos após a morte

Doação só não será feita se a pessoa manifestar o contrário em vida; agora texto pode ser votado no plenário nas próximas sessões

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Hoje doação só ocorre com autorização da família
Hoje doação só ocorre com autorização da família Hoje doação só ocorre com autorização da família

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (19) o regime de urgência para um projeto de lei que prevê que todo brasileiro será considerado doador de órgãos após a morte, a não ser que manifeste o contrário. Atualmente, mesmo com a decisão individual da pessoa, a doação só ocorre com autorização da família.

A chamada doação presumida é tema de ao menos 50 textos que tramitam na Casa com o objetivo de facilitar os transplantes no Brasil. Com a aprovação da urgência, o projeto de lei pode ser votado nas próximas sessões do plenário.

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O texto destaca que ninguém será obrigado a ser doador de órgãos, a doação continuará sendo voluntária. "No entanto, inverte-se a presunção legal, considerando-se todos como doadores, porém, permitindo-se a recusa em doar os órgãos após a morte, desde que essa vontade seja manifestada", justifica a autora da proposta, a deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ).

Se todos forem doadores a priori%2C a garantia de órgãos para transplante será consideravelmente maior e propiciará a salvação de maior número de vidas. Nesse caso%2C se a pessoa não desejar ser doadora por algum motivo%2C como convicção religiosa%2C por exemplo%2C terá a prerrogativa assegurada em lei de se manifestar nesse sentido%2C por qualquer meio legalmente permitido.

(deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), autora do projeto de lei)

O tema da doação de órgãos ganhou destaque após o apresentador Faustão, de 73 anos, passar por um transplante de coração no mês passado. Ele foi internado em 5 de agosto com insuficiência cardíaca e recebeu um coração compatível com suas condições clínicas sete dias após entrar na fila de espera por um transplante no Sistema Único de Saúde (SUS).

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A agilidade no caso foi atribuída ao agravamento do quadro clínico do apresentador. Ele se encaixa no terceiro grupo de pacientes prioritários, pois estava fazendo sessões de diálise e uso de medicamentos intravenosos para ajudar o coração a bombear o sangue.

Na semana passada, a família do apresentador esteve na Câmara dos Deputados para apoiar as propostas que sugerem a doação "automática" de órgãos. "Muito importante que esse projeto seja aprovado com urgência. Meu pai está feliz, em recuperação e vai curtir a vida ainda mais, porque essa é uma segunda chance", comentou na ocasião o filho do apresentador, João Guilherme Silva.

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