Caso Marielle: Moraes autoriza júri popular de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz
Ex-policiais respondem na Justiça por assassinato da vereadora em 2018; julgamento dos dois está previsto para 30 de outubro
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou a realização de júri popular para o julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, réus pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018. Ronnie confessou ter feito os disparos que mataram os dois, enquanto Élcio admitiu ter dirigido o carro usado no dia do crime.
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A realização do júri popular foi um pedido do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O julgamento deve ser realizado em 30 de outubro no IV Tribunal do Júri da Comarca do Rio de Janeiro, com início previsto para 9h. Segundo Moraes, não há impedimento, por parte do STF, para a realização da sessão plenária do tribunal do júri.
Ronnie e Élcio estão presos desde 2019 pelo envolvimento na morte de Marielle. Os dois firmaram acordo de delação premiada. Nos depoimentos, confessaram ter atuado no crime.
Outros réus pelo crime
Também respondem na Justiça pela morte da vereadora:
- o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão (por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e organização criminosa);
- o deputado federal Chiquinho Brazão (por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e organização criminosa);
- o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa (por homicídio qualificado e tentativa de homicídio);
- o ex-policial Ronald Paulo de Alves (por homicídio qualificado e tentativa de homicídio); e
- o ex-assessor de Domingos, Robson Calixto Fonseca (por organização criminosa)
Eles viraram réus após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal aceitar, em junho deste ano, as denúncias apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).