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R7 Brasília

Chiquinho Brazão chora e acena para família em audiência do caso Marielle

Gesto ocorreu em audiência marcada para ouvir o ex-policial Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window


O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), apontado como mandante da morte da vereadora Marielle Franco, chorou e acenou para familiares presentes na audiência que vai ouvir o ex-policial Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora. O parlamentar, que está preso em Campo Grande, fez gestos de coração e citou quem estava presente. Como envolvido, Brazão acompanhava a oitiva — que acontece por videoconferência, uma vez que Lessa está preso na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo. No entanto, a defesa do ex-policial pediu a retirada dos demais envolvidos, o que foi acatado pelo juiz do caso.

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Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa foram denunciados Câmara dos Deputados/Divulgação/arquivo — Flickr/Domingos Brazão/15.06.2011 — Fernando Frazão/Agência Brasil/arquivo

Na delação, cujo sigilo foi retirado em junho deste ano, Lessa disse que matar o motorista da vereadora Marielle Franco, Anderson Gomes, não era a finalidade. Ele contou que o plano era assassinar a vereadora no local onde ela estava, antes de entrar no carro. Entretanto, ele lembrou que a rua era na esquina da polícia civil.

Apontados como mandantes do assassinato da vereadora, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos em março, em uma operação da Polícia Federal, com participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.


Lessa teria afirmado que o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo e a ex-assessora dele, Marielle Franco. Os três [Marielle, Freixo e Brazão], segundo os investigadores, travavam disputas na área política do estado.

O último encontro foi depois do assassinato, em abril de 2018. Os suspeitos estavam preocupados com a repercussão do caso. Lessa diz que eles foram tranquilizados pelos irmãos Brazão, que afirmaram que podiam contar com a atuação de Rivaldo, que à época do crime chefiava a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Lessa disse, ainda, que Marielle era uma “pedra no caminho” dos irmãos Brazão. “Foi feita a proposta, a Marielle foi colocada como uma pedra no caminho. O Domingos, por exemplo, não tem ‘papas na língua’”, afirmou Lessa aos investigadores. Além disso, de acordo com o policial, o plano para matar Marielle começou em setembro de 2017.

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