Brasília Com cinco casos confirmados da Ômicron, Saúde aumenta vigilância

Com cinco casos confirmados da Ômicron, Saúde aumenta vigilância

O ministério ativou uma sala de situação na sede para monitorar os casos da variante e organizar medidas repassadas a todo o país

  • Brasília | Bruna Lima, do R7, em Brasília

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Joédson Alves/EFE - 19.10.2021

O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira (2/12), cinco casos positivos de Covid-19 com a variante africana Ômicron. Três deles foram identificados em São Paulo e dois no Distrito Federal. Todos são passageiros que vieram do continente africano e passaram pelo teste, tendo o resultado confirmado no Brasil. Agora, a pasta reforça a vigilância genômica, responsável pelos sequenciamentos capazes de identificar variantes. 

Uma sala situacional para monitorar os casos da Ômicron foi aberta na sede do ministério para acelerar o registro de novos casos, conseguir realizar a contenção e rastreio a tempo para que a infecção por essa nova variante não se alastre pelo país. Em trabalho desde 29 de novembro, a equipe emitiu três comunicados de risco e quatro informes, repassados aos gestores de saúde com atualizações da situação.

"Os nossos laboratórios centrais estão aptos para detectar essa nova variante", informou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, durante coletiva de imprensa, nesta quinta. Ele reiterou que houve aumento da vigilância genômica, e que foram adquiridos sequenciadores para todas as unidades federadas no país. No entanto, 30% dos equipamentos ainda carecem de instalação. "Isso é um investimento na qualificação, na estruturação da vigilância genômica jamais visto."

As principais recomendações do grupo são o aumento da vacinação no Brasil e a aplicação da dose de reforço. "Precisamos trabalhar para retardar a entrada [da variante] e ampliar a vacinação", disse Correia. O reforço da vigilância laboratorial, das medidas não farmacológicas e do monitoramento dos viajantes também está entre as prioridades, apesar de não haver previsão de restrições de viagens mais rígidas. 

Enquanto a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou a suspensão de voos vindos de seis países da África, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, frisou que essa é uma "ação que exige postura interministerial do governo". Cabe à Saúde, junto com os ministérios da Justiça e da Infraestrutura, coordenados pela Casa Civil, deliberar sobre o tema.

O ministro amenizou a necessidade de suspender os voos, e disse que as autoridades africanas "foram eficientes em detectar a nova variante", e que, agora, os cidadãos estão sofrendo uma série de restrições, o que causa fortes impactos na economia. "Há necessidade de ponderação, equilíbrio e tranquilidade para que as posições sejam apropriadas", disse.

Não podemos sair de uma situação libertária, de festas, Réveillon, Carnaval para uma situação de fechamento total da nossa economia, porque as consequências nós já sabemos. Até porque não há motivos para isso

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

Para Queiroga, a saída está no incentivo à vacinação para evitar casos graves e mortes, além das testagens. "A estratégia de testagem é muito importante como medida prévia, assim que chega ao país. É necessária a análise não só do aspecto sanitário, mas tridimensional para que tomemos as decisões mais corretas", destacou. 

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