Entre janeiro e março deste ano, 184 ocorrências relacionadas ao golpe da falsa central foram registradas no Distrito Federal, uma média de dois casos por dia, segundo a Polícia Civil do DF. Apesar do índice, o número de ocorrências caiu em relação ao mesmo período do ano passado, quando 209 casos foram notificados. Em 2023, houve 703 casos.O golpe da falsa central consiste em uma fraude em que o estelionatário se passa por funcionário de um banco e, por meio de uma ligação telefônica, convence a vítima a passar informações bancárias e realizar movimentações financeiras ao seu favor.Muitas vezes as falsas ligações simulam números de bancos, e os golpistas perguntam às vítimas sobre supostas compras efetivadas nos seus cartões de crédito. As vítimas acabam sendo induzidas a erro e convencidas a entregar os cartões para passar por “perícia no banco”.Em 2023, o Distrito Federal registrou uma média de quase dois casos de golpes da falsa central por dia, totalizando 703 ocorrências. De acordo com a Polícia Civil, os registros envolviam, principalmente, casos relacionados a falsos funcionários da central de segurança e fraude e até mesmo ligação de um telefone idêntico ao número do banco.Em março, um homem foi preso em flagrante por suspeita de tentar aplicar o golpe da “falsa central” em uma idosa no Lago Norte, no Distrito Federal. O suspeito, que já havia sido preso pelo mesmo crime, foi flagrado por policiais no momento em que chegou para pegar cartões de crédito na casa da vítima.Na época, o homem foi indiciado por furto mediante fraude e sua prisão preventiva foi requisitada. Na casa do suspeito foram encontradas sete máquinas de cartão de crédito, celulares e crachás falsos de bancos.Para o advogado especialista em direito bancário Rafael Guazelli, a frequência das tentativas para aplicar o golpe da falsa central pode ser explicada pela popularização dos serviços bancários de forma digital, contribuindo para que pessoas que não tem habilidades com a internet sejam convencidas pelos golpistas.“Claro, ao passo que todas as seguranças que vão se aperfeiçoando com o tempo vão minando os golpistas e, por outro lado, os golpistas vão aprofundando suas metodologias de golpe. Então, essa é a grande dificuldade”, afirma Guazzelli. O especialista ainda falou sobre a necessidade das instituições financeiras e do governo fazerem campanhas constantes alertando o público.Segundo o especialista em operações financeiras Luciano Bravo, a falta de uma campanha efetiva voltado para educação financeira e o aumento dos bancos em formato Fintech também contribuem para o aumento dos casos.Os especialistas ouvidos pelo R7 dão dicas de como evitar cair nos golpes e quais procedências tomar em caso de prejuízo. Confira: