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Comediante do DF morre nos EUA e família tenta trazer corpo ao Brasil

Luís Carlos da Rocha de Carvalho, mais conhecido nas redes sociais como Junyork, foi atropelado um mês antes de voltar para casa

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, e Paloma Carvalho e Ribamar Martins, da Record TV

Dançarino e comediante brasiliense morreu atropelado em uma rodovia interestadual nos Estados Unidos
Dançarino e comediante brasiliense morreu atropelado em uma rodovia interestadual nos Estados Unidos

O dançarino e comediante brasiliense Luís Carlos da Rocha de Carvalho morreu atropelado em uma rodovia interestadual nos Estados Unidos. O acidente aconteceu no sábado (5) e parentes de Luís Carlos, mais conhecido nas redes sociais como Junyork, agora tentam arrecadar dinheiro para trazer o corpo dele para ser enterrado na capital federal. Ele trabalhava fazendo translado de veículos e economizava dinheiro para ajudar a família e para financiar uma turnê pelo Nordeste e Sudeste do Brasil.

Junyork morreu a menos de um mês de voltar em definitivo para o Distrito Federal. Estava nos planos do artista passar o aniversário, em 25 de abril, com a mãe. O acidente aconteceu na rodovia Interestadual 95, uma das principais da Costa Leste dos Estados Unidos. Ele seguia com um veículo para o Canadá. À noite, parou em um acostamento e estava em frente ao carro, uma Ford F350, quando um caminhoneiro cochilou e bateu no veículo, que foi arremessado contra a vítima.

Parentes e amigos cogitam que, talvez, ele estivesse trocando o pneu do carro quando foi atingido. O R7 conversou com o empresário e amigo do comediante, Rafael Cerqueira. Cerqueira contou que o namorado de Junyork entrou em contato com a família dele no Distrito Federal. A família aguarda um boletim de óbito para emitir a certidão e, a partir daí, contratar uma funerária nos EUA para que o corpo seja embalsamado e transportado de avião para o Brasil, onde uma segunda funerária irá buscá-lo para fazer o enterro.

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“Isso demora e é oneroso para a família. Em Reais, deve ficar acima de R$ 70 mil”, explicou Cerqueira. O empresário contou que além do trabalho de translado de veículos, o artista também trabalhava com stand up comedy na comunidade brasileira, e tinha habilidade para fazer piadas com temas delicados sem desrespeitar. “Um dos vídeos dele viralizou na pandemia. Ele estava catando latinha para reciclar. Foi antes de o governo americano trazer auxílio financeiro”, lembrou.


A família de Luís Carlos da Rocha é grande e mora em Sobradinho e São Sebastião. Em um dos vídeos do artista em uma rede social, ele aparece na segunda região administrativa cantando funk de protesto. “A família está bem abalada. Os pais não conseguiram participar da entrevista. A mãe dele perdeu o marido em janeiro. O plano dele era voltar para os Estados Unidos para levantar um dinheiro a mais, e passar outros oito meses no Brasil, para focar na carreira de comediante. Era um plano que já tinha sido adiado por conta da pandemia”, relatou o empresário.

Segundo Cerqueira, os dois se conheceram em 2019, pela internet, e desenvolveram uma amizade além da relação profissional. Ele descreveu o artista como “um cara muito família”, que voltou para os Estados Unidos pensando em um dinheiro a mais para ajudar a mãe. “Ele também fazia campanhas de caridade. Ajudava desconhecidos e, como artista, conseguia te fazer rir mesmo em situações difíceis. Amenizava nossas dores. Era um cara incrível e sentimos muito a falta dele”, lamentou.

Amigos e parentes de Junyork fizeram dois financiamentos coletivos para ajudar no translado do corpo do artista para o Brasil. Um foi criado por amigos norte-americanos, e o outro pelos amigos em Brasília.

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