Comércio com exterior diminui no Distrito Federal entre janeiro e março deste ano
Morangos frescos, sorgo em grãos e carnes e miudezas congelados são os produtos mais exportados pelo DF, revela também boletim
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O Distrito Federal reduziu a diferença entre a quantidade do que é vendido para países estrangeiros e do que é comprado nos três primeiros meses desde ano em relação ao mesmo período do ano passado. No intervalo de tempo, foi registrada a redução de 73,7% no déficit da balança comercial internacional. Dados são do Boletim do Comércio Exterior do DF divulgado pelo IPEDF (Instituto de Pesquisa e Estatística do DF) nesta segunda-feira (25). A diferença entre exportações e importações foi de U$ 1,084 bi em 2023 para US$ 285,6 milhões negativos este ano.
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No primeiro trimestre de 2023, o Distrito Federal registrou U$ 102 milhões em exportações e US$ 1,187 bilhão em importações, com saldo final de déficit de U$ 1,084 bilhões. No mesmo período deste ano, foram quase U$ 50 milhões em exportações e U$ 335 milhões em importações, o que significa déficit de U$ 285 milhões.
Adrielli Dias, coordenadora responsável pelo levantamento, explica que o motivo do saldo ser negativo é que as compras do governo federal entram no saldo do DF. “Esse saldo negativo é resultante das importações do DF superarem as exportações, porque as compras públicas do governo federal são contabilizadas na balança comercial do DF. Tanto vacinas como itens de tecnologia são contabilizados na balança comercial na parte de importações do DF”, explica.
Dias explica que essa grande diferença entre 2023 e 2024 pode ser explicada pela “grande quantidade de compras públicas na área de medicamentos, principalmente vacinas, o que fez com que as importações alcançassem a casa de mais de 1 bi”.
O Distrito Federal é responsável por 0,1% do valor de exportações e por 0,6% das importações do Brasil de janeiro a março. Segundo o estudo, apesar da “pequena participação no comércio exterior brasileiro”, o DF se destaca em segmentos específicos de exportação, como sorgo em grão para semeadura e morangos frescos.
Morango é item mais exportado
Dois em cada dez morangos vendidos para fora do Brasil saem do DF. Segundo o boletim do IPEDF, o Distrito Federal é responsável por 19,6% da exportação da fruta, totalizando um valor de US$ 20,7 mil. O sorgo em grãos para semeadura plantado no DF representa 11,8% do produto nacional exportado, gerando um valor de UR$ 145,2 mil.
As exportações de carnes e miudezas de galinhas congeladas do DF totaliza 1,4% das vendas do país, totalizando U$ 27,1 milhões.
O documento aponta que 78,9% das exportações e 99,8% das importações trimestrais do DF é de indústria de transformação — que é um sistema de produção que transforma matéria-prima em produtos finais ou intermediários.