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Comissão do Senado deve ouvir Mauro Vieira na primeira semana de setembro

O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, já havia comparecido à comissão anteriormente

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília


Comissão do Senado deve ouvir Mauro Vieira na primeira semana de setembro
Comissão do Senado deve ouvir Mauro Vieira

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal deve ouvir o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na primeira semana de setembro. A iniciativa de convidar o ministro partiu do senador Ciro Nogueira (PP-PI), com o objetivo de obter esclarecimentos sobre as eleições na Venezuela e o posicionamento do Brasil em relação ao resultado, que foi contestado pela oposição venezuelana e por parte da comunidade internacional.

Mauro Vieira, que desempenha um papel de mediador na situação, recentemente esteve na Colômbia, onde se reuniu com o chanceler Luis Gilberto Murillo, buscando promover um diálogo entre o presidente Nicolás Maduro e o candidato da oposição, Edmundo González, que afirma ter vencido as eleições de 28 de julho.

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Anteriormente, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, compareceu à comissão para prestar esclarecimentos sobre a posição do governo brasileiro. Amorim destacou a importância da divulgação das atas eleitorais e foi questionado sobre a possibilidade de o Brasil apoiar a realização de novas eleições na Venezuela. Ele argumentou que, diante das alegações de vitória por ambas as partes, uma nova eleição poderia ser uma solução para evitar os problemas que supostamente comprometeram o pleito anterior.

Entretanto, a ideia de uma nova eleição não foi bem recebida por parlamentares da oposição. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) expressou sua preocupação com o controle que Nicolás Maduro exerce sobre as instituições venezuelanas, incluindo tribunais e Forças Armadas, o que, segundo ela, inviabilizaria um novo processo eleitoral justo.


Segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, Nicolás Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto Edmundo González recebeu 43,18%. No entanto, a oposição venezuelana alega que venceu a eleição, e organizações como a OEA (Organização dos Estados Americanos), os Estados Unidos e a União Europeia não reconheceram o resultado oficial, exigindo a divulgação das atas eleitorais. O Brasil, junto ao México e Colômbia, também pressiona o governo de Maduro para que apresente as atas.

Alguns países latino-americanos, como Argentina, Chile, Uruguai e Peru, chegaram a reconhecer a vitória de González, o que levou à expulsão de seus diplomatas por Maduro. Para a senadora Tereza Cristina, as eleições na Venezuela ocorreram em um “contexto politicamente sensível”, e é fundamental que o representante do governo brasileiro preste contas sobre as ações tomadas em nome do Brasil, assegurando que estejam alinhadas com os interesses nacionais e os princípios democráticos.

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