Congresso se reúne nesta segunda para definir votação de intervenção federal
Presidente Lula editou o decreto em meio aos atos de vandalismo praticados no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no STF
Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília
A sessão extraordinária que analisará o decreto de intervenção federal editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (8), após os atos de vandalismo na praça dos Três Poderes, será definida pelos parlamentares nesta segunda-feira (9), após uma reunião de líderes, marcada para as 10h. Segundo a Constituição Federal, o Congresso deve analisar a intervenção dentro de 24 horas.
O decreto de intervenção é uma medida de caráter excepcional e temporário, que afasta a autonomia do Governo do Distrito Federal. O ato é restrito à Segurança Pública do DF, e o interventor federal será Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Lula editou o decreto em meio aos atos de vandalismo no Congresso Nacional, no Palácio da Alvorada e no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente afirmou que houve "falta de segurança" e que os autores dos crimes serão "encontrados" e "punidos".
"Esses vândalos, que podemos chamar de fascistas, fanáticos, fizeram o que nunca foi feito na história deste país", disse o presidente. "Essa gente terá que ser punida. Vou voltar para Brasília, visitar os três palácios que foram quebrados. Isso não se repetirá", afirmou Lula.
Vamos descobrir quem pagou os ônibus%2C quem pagava estada%2C churrasco todo dia%2C e essa gente toda vai pagar. E%2C da parte do governo federal%2C se houve omissão%2C também haverá punição. Não vamos admitir.
Intervenção no RJ
Uma intervenção federal foi decretada no Rio de Janeiro, em 2018, pelo então presidente Michel Temer (MDB), sob a justificativa de uma escalada de violência no estado, aliada à situação de calamidade financeira. Na época, o interventor federal foi o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Veja abaixo imagens da destruição causada no Palácio do Planalto, no Congresso e no STF: