Conselho de Ética da Câmara aprova continuidade do processo de cassação de Glauber Braga
Em sua defesa, o deputado reiterou que sua cassação estaria sendo articulada pelo presidente da Câmara dos Deputados
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (11) o parecer preliminar contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Com 10 votos a favor e apenas 2 contra, foi decidida a continuidade das investigações.
O processo, relatado pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), foi motivado por uma representação do Partido Novo, que solicita a cassação do mandato de Glauber Braga por agressão a um membro do MBL (Movimento Brasil Livre).
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A acusação surgiu após um embate físico, em abril deste ano, entre o deputado e Gabriel Costenaro, membro do MBL, nas dependências da Câmara. A discussão verbal escalou para empurrões e chutes, com Glauber tentando retirar Costenaro à força do local.
Em sua defesa, Glauber Braga reiterou que sua cassação estaria sendo articulada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem já teve desentendimentos em várias ocasiões.
Na época o confronto foi para o exterior do prédio e foi interrompido por policiais legislativos, que conduziram ambos ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol) para prestar depoimento.
O conflito também envolveu o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do MBL, quando o grupo estava na Câmara para discutir a regulamentação dos motoristas de aplicativo.
Embora não haja imagens do início da briga, Glauber Braga divulgou posteriormente uma nota em que afirmou não se arrepender de suas ações, alegando ter sido provocado por Costenaro.