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R7 Brasília

Coronel envolvido no 8/1 pede ao STF para ministrar cursos online para empresas de vigilância

Curso quer auxiliar gestores de empresas a entender e operar eficientemente dentro do sistema de gestão da Polícia Federal

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window


Naime era chefe do Departamento de Operações Waldemir Barreto/Agência Senado - 26/6/2023

O ex-comandante de operações da PMDF Jorge Eduardo Naime pediu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para ministrar um curso sobre gestão eficiente para empresas de vigilância. O problema, segundo o policial, é que o curso seria em uma plataforma de vídeos na internet. Quando foi solto, o ministro impôs a proibição dele usar as redes sociais e Naime quer saber se a plataforma está abarcada nesta proibição.

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Em maio deste ano, Moraes autorizou que Naime deixasse a prisão. O militar foi preso em fevereiro do ano passado por suspeita de ter facilitado os atos extremistas do 8 de Janeiro, em Brasília, que resultou na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF. Naime era o chefe do Departamento de Operações (DOP) da PM, responsável por articular e preparar tropas para eventos como as manifestações de 8 de janeiro. Porém, na data, ele estava de folga.

Dentre as exigências para permitir a soltura, Moraes proíbe Naime de sair do Distrito Federal, exige o uso de tornozeleira eletrônica, ordena que o militar se apresente à Vara de Execuções penais do DF toda segunda-feira e o cancelamento de todos os passaportes dele, além da suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome de Naime e da proibição de usar redes sociais e de se comunicar com outros envolvidos.

Conforme o pedido, o curso quer auxiliar gestores de empresas de vigilância a entender e operar eficientemente dentro do sistema de gestão da Polícia Federal, com a gestão de documentação, controle de licenças, prevenção de multas e implementação de boas práticas de gestão, organização Interna e Compliance.


“Trata-se de um curso sobre gestão eficiente para empresas de vigilância tendo por parâmetro o sistema da Polícia Federal. O curso não possui viés político ou qualquer tipo de relação com os fatos aqui apurados”, disse a defesa.

Segundo os advogados, Naime não possui qualquer intenção de tratar de temas alheios ao curso em questão, sua didática será estritamente profissional e limitada a explanação do conteúdo pertinente a matéria ministrada. “O sr. Jorge é pessoa de bem, sem histórico criminal, que sempre foi colaborativo com todo o trâmite investigativo e processual, não existem elementos que depõem contra a sua pessoa”.


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