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R7 Brasília

Coronel investigado por incentivar tentativa de golpe de Estado depõe na CPMI na próxima semana

Jean Lawand Júnior é tido pela Polícia Federal como incentivador de que Bolsonaro tomasse o poder após perder as eleições

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Coronel Jean Lawand teria incentivado golpe
Coronel Jean Lawand teria incentivado golpe

O coronel do Exército Jean Lawand Júnior, investigado por incentivar uma tentativa de golpe de Estado, vai depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro na semana que vem. O depoimento está marcado para ocorrer na terça-feira (27). Antes dele, na segunda (26), deve ser ouvido o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, investigado por omissão nos atos de vandalismo. As datas foram acordadas em reunião com a presidência da comissão nesta quarta-feira (21). 

Lawand Júnior é citado em investigações da Polícia Federal por supostamente ter pedido ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid que agisse para que o então presidente desse um golpe de Estado. Em um áudio encontrado no celular de Cid, Lawand dizia que Bolsonaro precisava "dar a ordem" para que os militares pudessem agir.

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"Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara", afirmou Lawand Júnior em um áudio a Cid em 1º de dezembro de 2022.

No dia seguinte, 2 de dezembro de 2022, o coronel encaminhou novas mensagens. Às 8h32, ele escreveu: "Ele tem que dar a ordem, irmão. Não tem como não ser cumprida". 


Depoimento de Eduardo Naime

Naime será ouvido na próxima segunda-feira
Naime será ouvido na próxima segunda-feira

Naime, que vai depor na próxima segunda-feira, era o responsável pelo planejamento das operações da corporação no dia 8 de janeiro. Ele é suspeito de omissão e chegou a ser preso, em fevereiro, durante a Operação Lesa Pátria. Em depoimento na CPI da Câmara Legislativa do DF, que também apura os atos de vandalismo, ele afirmou que não teve acesso a relatórios de informação que mostrariam a gravidade dos atos extremistas na praça dos Três Poderes.

De acordo com o coronel, a única informação que a corporação tinha do então secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública, Fernando Oliveira, "era de 10h da manhã de sexta-feira, de uma manifestação com baixa adesão".


Ainda segundo o coronel, as informações repassadas no grupo de WhatsApp que reunia a cúpula da Segurança Pública do DF e outras autoridades não eram relatórios de inteligência, mas informes — que não permitem o planejamento da corporação, apenas ações de contenção.

Nesta quinta-feira (22), a comissão ouve o empresário George Washington de Oliveira Souza, condenado por ter planejado um atentado a bomba perto do aeroporto de Brasília. Também serão ouvidos peritos da Polícia Civil do DF.

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