Ex-comandante de Operações da PMDF é preso na 5ª fase da Operação Lesa Pátria
O coronel Jorge Eduardo Naime foi preso na manhã desta terça-feira (7); o cargo é um dos mais importantes dentro da corporação
Brasília|Sarah Paes, do R7, e Yuri Achcar, da Record TV
O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (7), durante a 5ª fase da Operação Lesa Pátria, em Vicente Pires. A área então chefiada por ele era responsável pelo planejamento das operações da corporação no dia 8 de janeiro, quando vândalos destruíram as sedes dos Poderes.
Os policiais federais cumprem três mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos no Distrito Federal. Os alvos estão, de alguma forma, envolvidos nos atos de depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, em 8 de janeiro, em Brasília.
A investigação apura os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. Até esta terça-feira (7), já foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão.
Perfil
O coronel Jorge Eduardo Naime possui graduação em direito pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal (2000) e graduação em bacharelado em segurança pública pela Academia de Polícia Militar de Brasília (1993), é especialista em Segurança Pública pela Universidade Federal da Paraíba (2009) e em Direitos Humanos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Ele também é pós-graduado em Direito Administrativo e especialista em Gestão Pública pela UNIS.
Naime assumiu a chefia do Departamento Operacional da Polícia Militar (DOP) após 28 anos na corporação. Ele foi exonerado do cargo no dia 10 de janeiro, após o interventor Ricardo Cappelli assumir a responsabilidade de restabelecer a ordem na capital federal.