Cúpula do Congresso rejeita encurtar recesso para discutir ações do STF contra Bolsonaro
Alcolumbre e Motta afirmam que Câmara e Senado não terão atividades até o fim de julho
Brasília|Lis Cappi e Rute Moraes, do R7, em Brasília

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitaram a possibilidade de encerrar o recesso do Congresso Nacional em julho para discutir ações do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que nesta sexta-feira (18) passou a usar tornozeleira eletrônica por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Os dois confirmaram o posicionamento nesta sexta-feira, horas após aliados de Bolsonaro anunciarem que formalizariam um pedido para retomada das atividades legislativas.
O PL, partido de Bolsonaro, informou que faria essa solicitação. A intenção, segundo a legenda, seria discutir a relação entre Legislativo e STF. O partido deseja retomar o debate sobre limitar decisões monocráticas de ministros do Supremo e a anistia aos envolvidos nos atos extremistas de 8 de Janeiro.
Além da situação envolvendo Bolsonaro, oposicionistas têm criticado outras decisões da corte, como a retomada da validade de decretos do governo que aumentam alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
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O pedido para fim do recesso ainda não foi oficialmente formalizado, mas os presidentes de Câmara e Senado já disseram que são contra a ideia. Alcolumbre destacou que o recesso parlamentar do Congresso está mantido durante o mês de julho.
“Durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões. As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas no plenário do Senado e nas comissões”, disse o senador.
Motta também confirmou a continuidade do recesso em julho. “Durante esse período, não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões permanentes da Casa”, afirmou o deputado.
O presidente da Câmara destacou que a Casa estará em período de obras, o que também impediria o uso das instalações do local.
Ao R7, oposicionistas relataram que vão insistir na continuidade de ações até que a direção da Câmara defina um ato que proíba encontros durante o recesso.
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