Cúpula do G20 faz apelo pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia
Líderes do grupo assinam declaração em que advertem sobre as consequências do conflito para todo o mundo
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
Os líderes do G20 — grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia — assinaram uma declaração conjunta neste sábado (9) na qual fazem um apelo pelo fim da guerra que envolve Rússia e Ucrânia. No texto, o grupo diz que o conflito pode ter “consequências significativas para a economia global” e afirma que “a era de hoje não deve ser de guerra”.
No documento, a cúpula do G20 frisa também que todos os países-membros da Organização das Nações Unidas “devem abster-se da ameaça do uso da força ou procurar a aquisição territorial contra a integridade territorial e a soberania ou a independência política de qualquer Estado”. Segundo o grupo, “o uso ou ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível”.
“Enfatizando a importância de sustentar a segurança alimentar e energética, apelamos à cessação da destruição militar ou de outros ataques a infraestruturas relevantes. Manifestamos também profunda preocupação com o impacto adverso que os conflitos têm na segurança dos civis, exacerbando assim as fragilidades e vulnerabilidades socioeconômicas existentes e dificultando uma resposta humanitária eficaz”, diz a declaração do G20.
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“Apelamos a todos os membros para que defendam os princípios do direito internacional, incluindo a integridade territorial e a soberania, o direito humanitário internacional e o sistema multilateral que salvaguarda a paz e a estabilidade”, acrescenta o texto.
Segundo o G20, “a resolução pacífica de conflitos e os esforços para enfrentar as crises, bem como a diplomacia e o diálogo, são cruciais”.
“Vamos nos unir no nosso esforço para enfrentar o impacto adverso da guerra na economia global e saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia, que defenderá todos os Propósitos e Princípios da Carta das Nações Unidas para a promoção de relações pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações.”
O G20 se reúne neste fim de semana em Nova Déli, na Índia, e o último evento do encontro será a transferência da presidência do grupo para o Brasil. No domingo (10), o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que lidera o G20 neste ano, vai transmitir o cargo para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Brasil vai assumir a presidência do G20 de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. No posto, o país vai ser responsável por organizar a próxima reunião dos membros, que deve ocorrer em novembro do ano que vem na cidade do Rio de Janeiro.